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“Mãe prevenida vale uma vida”: bombeiros orientam sobre como evitar acidentes em casa

por Assessoria de imprensa Ales

em 02/05/2022 às 20h18

3 min de leitura

Foto: Pixabay

Os acidentes domésticos no Espírito Santo foram reduzidos em cerca de 30% nos últimos oito anos com ajuda de orientações do Corpo de Bombeiros capixaba levadas às escolas em palestras destinadas a pais e responsáveis por crianças e adolescentes. As atividades são desenvolvidas dentro do projeto denominado “Mãe  prevenida vale uma vida”, que tem como coordenador o tenente-coronel bombeiro, Wagner Borges.

Ele explicou, ao falar na Tribuna Popular, que em todo o país um dos acidentes mais graves que ocorrem no ambiente familiar é o engasgo de bebês com vômito. O Brasil registra, nas palavras de Wagner, cerca de 600 mortes anuais de recém-nascidos devido a engasgos – uma média de 20 desses casos fatais ocorrem no Espírito Santo.

Borges ilustrou a importância das noções básicas sobre prevenção a acidentes domésticos contando que uma professora de uma escola particular de Vitória salvou a vida de uma criança de oito anos engasgada com uma uva. “E como ela aprendeu esse tipo de socorro? Assistindo uma entrevista nossa na televisão ensinando como atuar em casos de engasgamento”, destacou.

Professores

O tenente-coronel fez um apelo para que seja regulamentada no Estado a Lei Federal 13.722, em vigor desde 2018, que torna obrigatório o aprendizado de primeiros socorros por parte de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino e de recreação. O oficial bombeiro considerou que se essa lei já tivesse sido regulamentada muitos profissionais de ensino, assim como a professora citada, já saberiam o que fazer diante de casos de engasgamento e outros acidentes com crianças em escolas.

O convidado destacou ainda que 2022 tem sido marcado por muitos afogamentos de crianças e jovens. Por causa disso, o projeto “Mãe prevenida vale uma vida” tem focado também suas palestras na prevenção desse tipo de acidente.

Áreas de riscos

Wagner Borges falou também sobre áreas de riscos de desabamentos no Espírito Santo, alertando que o estado é o segundo no ranking nacional nesse quesito, atrás apenas do Rio de Janeiro. De acordo com o tenente-coronel, mais de 300 mil pessoas ainda moram em áreas sem segurança, havendo a necessidade de investimentos do poder público para evitar quedas de encostas.

O oficial dos bombeiros disse que em Cariacica foram mapeadas cerca de 300 áreas vulneráveis ocupadas por famílias, enquanto em Vitória há construções em 100 pontos passíveis de sofrer deslizamentos e graves enchentes. “A região do Caparaó, Cariacica e Vitória pode passar por situações semelhantes à tragédia de Petrópolis, caso não haja as intervenções necessárias”, advertiu ele, numa referência ao número de mortos vítimas de deslizamentos de terra ocasionados por temporal no dia 15 de fevereiro deste ano. Na tragédia 233 pessoas faleceram e mais de mil ficaram desabrigadas.

O líder do governo no Plenário, deputado Dary Pagung (PSB), em resposta ao palestrante, afirmou que o governador Renato Casagrande está preocupado com as áreas de risco em todo o Espírito Santo. Conforme Pagung, o chefe do Executivo repassou R$ 500 mil para cada um dos 78 municípios capixabas destinados à elaboração de projetos técnicos visando à prevenção de tragédias provocadas por deslizamentos de terra e enchentes.

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