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Líderes globais debatem ESG, clima e futuro da economia em Vitória

Horasis Global Meeting tem mais de 800 participantes, sendo 400 especialistas internacionais, e segue até domingo (27) com discussões sobre sustentabilidade e oportunidades emergentes

por Assessoria de Imprensa

em 25/10/2024 às 18h36

7 min de leitura

Líderes globais debatem ESG, clima e futuro da economia em Vitória

Foto: Autoridades durante o Horasis Global Meeting. Crédito: Debora Benaim

Oitocentas pessoas se reuniram, nesta sexta-feira (25), na abertura do Horasis Global Meeting, evento referência mundial por seu impacto na criação de soluções inovadoras para desafios globais. A Cidade da Inovação do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), em Vitória, foi o local escolhido para sediar a edição inédita do encontro na América Latina, que segue até domingo (27) com debates sobre ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança), mudanças climáticas e o futuro da economia mundial.

Com o tema “Construindo Pontes para o Futuro”, o evento reúne empreendedores de renome mundial, ministros e representantes de importantes organizações civis, debatendo soluções inovadoras para as principais dificuldades globais contemporâneas.

A cerimônia de abertura contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o vice-governador do Espírito Santo e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço; além do presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Vander Costa; e o presidente e fundador do Horasis, Frank-Jürgen Richter.

Em seu discurso, Richter destacou que o meeting é comprometido em inspirar o futuro, e que o tema escolhido está relacionado com as pontes que estão sendo construídas para os próximos meses e anos. “O mundo está enfrentando uma pressão sem precedentes ao se tratar de sistemas e pessoas. Estamos lidando com desequilíbrio econômico, mudanças climáticas e um contexto geopolítico desafiador. Queremos que, nos próximos dias, todas essas discussões propostas sejam as pontes para o futuro”, declarou.

Representando o Governo do Espírito Santo, Ricardo Ferraço afirmou que o Estado é capaz de se apresentar ao mundo como exemplo de organização que reflete, discute e faz acontecer. “Uma honra sediarmos esse debate tão importante, que tem potencial para se tornar luz e caminho para uma sociedade organizada e estruturada”, ressaltou.

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O presidente do Espírito Santo em Ação, Nailson Dalla Bernadina, citou que o encontro é uma oportunidade para discutir soluções inovadoras para questões ambientais, sociais e econômicas. “É um momento extraordinário para o Estado, que se posiciona cada vez mais como protagonista da agenda da sustentabilidade. Isso nos permite apresentar o Espírito Santo ao mundo como território com muitas potencialidades. Novas possibilidades se abrem a partir daqui”, afirmou.

O presidente da Federação das Empresas do Espírito Santo (Fetransportes), Renan Chieppe, comentou sobre o valor do diálogo como prática recorrente, fundamental para alcançar ações cada vez mais sustentáveis e que impulsionem a economia, enquanto o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Paulo Baraona, reforçou que o “amanhã” depende das escolhas e atitudes de hoje, destacando o papel fundamental do Horasis Global Meeting.

Na primeira plenária do dia, foram abordadas a descarbonização, a previsibilidade na governança e a união de forças entre sociedade, governo e iniciativa privada como soluções assertivas visando o crescimento econômico mundial.

O ex-primeiro-ministro da Bélgica, Yves Leterme; o presidente da SymbioSwiss, Claude Béglé; o presidente do Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes), José Amarildo Casagrande; o presidente da Apex Partners, Fernando Cinelli; e a sócia do Grupo Folha, Maria Cristina Frias participaram do debate.

“O relatório sobre emissões de carbono, divulgado recentemente pela ONU (Organização das Nações Unidas), mostra como estamos nos desentendendo com relação à emissão de gás carbônico. Hoje temos emitido mais do que no período da pandemia. Isso é irreversível à vida humana. Se continuarmos nesse ritmo, países como China, Índia e África do Sul vão ter sérios problemas para enfrentar as questões climáticas e sustentar suas atividades econômicas”, disse Yves Leterme.

Crescimento dos portos nacionais
Em um cenário de rápidas transformações, os portos do Espírito Santo se consolidam como pilares estratégicos para o desenvolvimento logístico e econômico do Brasil. Durante a sessão “Fazendo a ponte para o IDE: Espírito Santo e seus portos”, líderes do setor portuário debateram os principais desafios e oportunidades que envolvem a expansão ferroviária e a transição para energias limpas.

“O Espírito Santo se apresenta como um hub estratégico para a exportação de commodities e a importação de insumos, mas o gargalo logístico da necessidade de investimento em ferrovias ainda é um obstáculo relevante”, informou Claudio Melim, coordenador comercial da Imetame.

A integração entre infraestrutura logística e energia sustentável surge como prioridade, reforçando o compromisso com uma cadeia de transporte eficiente e de baixo carbono.

Iniciativas de capacitação, como a formação de 1.800 profissionais em parceria com a Findes e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senai-ES), preparam o Espírito Santo para se destacar em um futuro de logística verde e competitiva, de acordo com os especialistas. Com atenção às inovações globais e tecnologias de descarbonização, os portos capixabas reafirmaram seu compromisso com a sustentabilidade e a segurança jurídica, consolidando-se como destino promissor para o investimento internacional.

Transporte e segurança alimentar
As interações entre geografia e economia no contexto das relações de poder entre nações foram discutidas na sessão de abertura “Unindo a geoeconomia”, que contou com a participação de Simone Garcia, presidente da Fetransportes; Jouko Ahvenainen, da Mission Grey; Álvaro Duboc, secretário de Estado de Economia e Planejamento; Ricardo Kanitz, da Spectra Investments; e Lauro Tähtinen, do Finnish Institute of International Affairs (FIIA). Os especialistas exploraram como essas dinâmicas influenciam políticas, comércio e desenvolvimento econômico.

Simone Garcia mencionou a importância de adotar uma abordagem que permita resolver problemas locais com um senso de responsabilidade global, contribuindo para um mundo mais sustentável e promovendo a cooperação entre os setores público e privado, com foco na resolução de questões locais e em um impacto global.

“É fundamental que governo e empresas estabeleçam uma relação equilibrada, garantindo padrões de qualidade e segurança. A relevância de resolver problemas locais com uma visão global promove parcerias público-privadas que podem gerar impactos positivos para a sustentabilidade e a cooperação internacional”, pontuou.

Entre os principais desafios levantados, destacou-se também a necessidade de garantir que mudanças climáticas não afetem a produção e distribuição de alimentos, sobretudo no Brasil. Para Álvaro Duboc são necessárias ações integradas que priorizem a segurança alimentar no país, criando condições para que todos tenham acesso adequado à alimentação sem comprometer o desenvolvimento econômico sustentável.

Segundo Duboc: “Precisamos criar um ambiente onde todos possam ter acesso adequado à alimentação, em conjunto com o desenvolvimento econômico, e em especial no cenário brasileiro por meio de ações integradas contra a insegurança alimentar”.

Serviço:
Horasis Global Meeting
Data: 25 a 27/10 (sexta-feira, sábado e domingo)
Local: Cidade da Inovação – Ifes (Av. Anísio Fernandes Coelho, nº 1.260, Jardim da Penha, Vitória – ES).
Apresentação: Apex, Sicoob e Cesan
Realização: ES em Ação, Findes/Cindes e Horasis
Patrocínio: Banestes, ArcelorMittal, Vale, Bandes, CNI, ES Gás, Fetransportes, Grupo Águia Branca, Marca Ambiental e Suzano.
Apoio: Allemand, Espírito Madeira, Portocel, GVBus e Governo do Estado

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