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Idaf alerta para importância da vacinação de bezerros contra febre aftosa

O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo...

por Redação Conexão Safra

em 13/10/2015 às 0h00

4 min de leitura

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O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) tem alertado produtores de todo o Estado quanto à importância de realizar a vacinação contra febre aftosa, inclusive nos animais jovens, com até quatro meses de idade. O trabalho visa aumentar o percentual de eficiência vacinal alcançado no último estudo sorológico realizado pelo Ministério da Agricultura (Mapa) e pelo Instituto em 2014.

O Espírito Santo obteve índice de 75% de eficiência da vacinação, abaixo do recomendado pelo Ministério, que seria acima de 90%. O estudo envolveu 195 animais em 39 propriedades em todo o Estado.

Desde 2001, quando o Espírito Santo obteve o status de zona livre de febre aftosa com vacinação junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), são feitas sorologias periódicas. Um bom índice de eficiência vacinal é o primeiro passo para que o
Estado evolua para o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação.

Segundo o médico veterinário do Idaf, José Dias Porto Júnior, responsável no Instituto pelo Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa, o estudo avalia a imunidade dos animais. “É importante para identificarmos qual o percentual do rebanho que está
realmente protegido e, a partir daí, adotar ações para melhorar os índices de vacinação efetiva. Embora a comprovação da vacinação tenha alcançado bons resultados nos últimos anos, o que percebemos é que, em alguns casos, os números não condizem com o grau de proteção apurado no estudo do Mapa/Idaf. Temos observado que, por questões culturais, muitos bezerros não são vacinados e isso pode ter impactado nos resultados. É preciso ter consciência de que nessa faixa etária os animais são mais vulneráveis às doenças por conta da baixa imunidade e também devem ser vacinados durante as campanhas ”, explica Porto Júnior.

Além disso, muitos produtores deixam de atualizar suas fichas agropecuárias quando nascem novos animais. “Se o animal não consta no cadastro do Idaf, não é possível fazer o controle, o produtor acaba não adquirindo vacina para os mesmos e, automaticamente, interfere no índice de proteção do rebanho de forma negativa. Por isso, reforçamos a importância de declarar os nascimentos. Temos orientado os funcionários de lojas agropecuárias que revendem as vacinas, os comitês de desenvolvimento rural, as associações e os sindicatos rurais para que também auxiliem na divulgação desse trabalho ”, diz o médico veterinário.

As ações de defesa sanitária desenvolvidas pelo Estado, como vacinação assistida, controle do trânsito de animais, entre outras, são importantes ferramentas na prevenção da febre aftosa no Espírito Santo, que desde 1996 não registra casos da doença. Entretanto, o compromisso e a parceria do produtor são essenciais para obtenção de resultados cada vez melhores, que fortaleçam a pecuária local. “É um trabalho conjunto. Já avançamos bastante, mas o estado tem potencial para buscar a excelência no setor. Contamos com toda a cadeia produtiva para avançarmos para o status de livre da febre aftosa sem vacinação ”, orienta Porto.

Campanhas de vacinação

Conforme preconização do Ministério da Agricultura para todo o país, as campanhas de vacinação contra febre aftosa acontecem em períodos específicos nos Estados. No Espírito Santo, a primeira etapa ocorre durante o mês de maio, quando devem ser vacinados os bovinos e bubalinos com até dois anos de idade. A segunda etapa, em novembro, envolve todos os bovinos e bubalinos, independente da faixa etária.

A vacinação é realizada pelos próprios produtores e as vacinas podem ser adquiridas em lojas agropecuárias cadastradas, apenas no período da campanha.

Os proprietários que não vacinam seu rebanho são autuados e recebem autorização para compra da vacina fora do período da campanha para que possam efetuar a vacinação. A multa pode chegar a R$ 27 mil, dependendo da quantidade de animais. Além disso, a propriedade fica impedida de movimentar seus bovinos e bubalinos até que a situação seja regularizada.

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