A greve dos trabalhadores rodoviários, marcada para ter início na madrugada desta segunda-feira (9), começou sem que nenhum ônibus saísse das garagens. A medida, tomada pelo Sindicato dos Rodoviários do Estado (Sindirodoviários-ES), contraria até mesmo o edital de greve publicado pela categoria, que garantia pelo menos 30% da frota nas ruas no início do movimento.
No primeiro dia da greve, o único serviço que funcionou foi o “Mão na Roda ”, que atende a deficientes físicos previamente cadastrados. Por conta da paralisação total dos ônibus, o trânsito em toda a Grande Vitória ficou complicado.
Os congestionamentos persistiram durante toda a manhã na região. Os acessos à Capital, seja pela Segunda Ponte, pela ponte Florentino Avidos (Cinco Pontes) ou pela Terceira Ponte, permaneceram com intenso fluxo de veículos até o fim da manhã.
A paralisação dos ônibus pode afetar mais 1 milhão de pessoas, já que estima-se que o Transcol tenha 700 mil usuários, o sistema de ônibus municipal de Vitória 300 mil e o de Vila Velha 70 mil.
O Sindirodoviários alega que a frota não foi para a rua nesta segunda-feira por uma questão de segurança e pela falta de notificação acerca da decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-ES) que determinava que 70% dos ônibus deveriam circular em horário de pico e 40% fora deste horário. A ação foi movida pelo Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus).
O GVBus entrou nesta segunda-feira com uma ação contra o Sindirodoviários pedindo o dissídio da greve, alegando abusividade. Além disso, o sindicato patronal vai requerer que a multa aplicada em caso de descumprimento seja nominal aos diretores do Sindirodoviários, além da majoração do valor aplicado por descumprimento.
A questão que levou à greve dos rodoviários foi o impasse em torno do plano de saúde da categoria. Os trabalhadores pleiteiam o direito de ter mais uma opção de plano de saúde, já que alegam que os rodoviários têm dificuldade em arcar com o atual plano, da operadora Unimed.
Já o GVBus lembra que foram realizadas 14 reuniões para que fosse definida a operadora do plano de saúde, que foi aceita pelos trabalhadores. O sindicato patronal também ressalta que a mudança do plano de saúde só pode ser definida na data-base da categoria, que é em novembro.
Fonte: site Século Diário
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