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Evair de Melo pede à ministra da Agricultura que impeça importação de café em grão

Pedido da Nestlé para a importação de café verde da Etiópia aguarda a decisão da ministra. Em maio, Ministério suspendeu a permissão de importação do Peru

por Redação Conexão Safra

em 20/11/2015 às 0h00

2 min de leitura

O Secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Décio Coutinho, confirmou hoje (19) ao deputado federal Evair de Melo (PV-ES) que a empresa Nestlé solicitou autorização do Ministério para a importação de café verde da Etiópia, fato que cria uma apreensão aos cafeicultores brasileiros. Nesta tarde, o deputado formalizou um pedido à ministra Katia Abreu para que arquive esse pedido e desconsidere todos os outros que chegarem ao Ministério tratando sobre o mesmo assunto.
A notícia do pedido de importação de café verde foi revelada pela revista Exame em uma reportagem publicada no início desta semana em seu site. De acordo com a revista: a “principal empresa produtora de cápsulas, a Nestlé trabalha com o governo para tentar importar ao menos o café da Etiópia ”. A reportagem informa ainda que “a expectativa é que uma portaria do Ministério da Agricultura liberando o café etíope seja publicada antes de dezembro, quando a empresa deve inaugurar a fábrica de cápsulas, em Montes Claros (MG) ”.
“Em maio deste ano, vencemos uma batalha ao conseguir com que o Ministério da Agricultura reavaliasse a decisão de permitir a importação de café do Peru. A decisão foi uma conquista dos cafeicultores que se mobilizaram por meios das entidades e demonstrou a sensibilidade da ministra diante de um tema tão importante para o Brasil ”, lembrou Evair, membro da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados e secretário-executivo da Frente Parlamentar do Café.
Na época, o Conselho Nacional do Café destacou em nota que “entende esta medida como correta e adequada ao cenário mercadológico, haja vista que o ingresso de grãos arábicas do exterior pressionaria ainda mais as cotações aviltadas pagas aos produtores, e fitossanitário, pois nenhum país produtor possui as mesmas legislação e responsabilidade ambiental que o Brasil ”.O parlamentar destacou que os produtores têm enfrentado sucessivos períodos de dificuldades decorrentes das crises de excesso de oferta, que resultaram em mais de duas temporadas de preços abaixo dos custos de produção e, mais recentemente, da estiagem prolongada que afeta a produtividade dos cafezais.

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