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“As marcas fortes do agro serão aquelas que se comunicarem melhor”

por Redação Conexão Safra

em 29/04/2024 às 13h00

3 min de leitura

Foto: Divulgação

Os números falam por si só: o cooperativismo brasileiro tem mais de 20 milhões de cooperados e possui a meta de 1 trilhão de faturamento até 2027. Em paralelo, o agronegócio brasileiro registrou um novo marco em suas exportações no último ano, com um faturamento recorde em dólar. O valor acumulado das vendas externas do setor ultrapassou os US$ 166 bilhões. Um cenário pujante, sobretudo com reflexos no Espírito Santo, Estado com tanta força no agro e no cooperativismo. A pergunta que fica é: como esses dois setores estão comunicando suas importâncias, conquistas, demandas e ideias?

Especialista em gestão de imagem e crise, o jornalista Lucas Rezende, diretor da LR Comunicação, destaca que marcas para serem fortes precisam construir narrativas de posicionamento e autoridade para o público externo. “Comunicar internamente é crucial, sobretudo se pensamos no cooperativismo, por exemplo. Mas também é preciso pensar da porta para fora: quais mensagens a sua marca está emitindo para o mercado, os outros setores, os players da concorrência, o consumidor final e até mesmo as autoridades?”.

Tomando o agro como recorte, essa preocupação deve ser ainda mais latente, ressalta Rezende. “Todo mundo já decorou que o agro é pop, é tech, e é tudo. Há um caldeirão de assuntos relevantes em ebulição: protecionismo, importações, créditos, licenciamentos, novos produtos, taxas de crédito, meio ambiente, pequenos produtores, clima, eventos, tecnologia, o papel feminino nessa engrenagem, dentre uma série de outros assuntos. As marcas fortes do agro a longo prazo são as que vão saber melhor comunicar essas pautas com a sociedade. Aliás, essas pautas, não. As suas pautas. É preciso virar notícia e mostrar o tamanho de sua importância para o dia a dia das pessoas, para o fluxo da sociedade e para a economia”, explica.

E para fazer isso, ele complementa, há um cardápio de possibilidades. “A massa está ligada no rádio, na televisão, nos sites, ainda lê jornal e revista. É preciso posicionar discurso. Assim, por sua vez, num trabalho que demanda tempo, vai se moldando autoridade e reforçando reputação. Hoje em dia, marcas que não têm posicionamento não despertam brilho no olhar de ninguém. Busque na memória as marcas mais bem avaliadas para você: repare que elas se posicionam na grande mídia, ocupam os espaços de comunicação, dialogam suas narrativas e marcam presença. As marcas que você admira possuem uma clara linha de posicionamento público. Porque no agro, essa joia rara da nossa economia, seria diferente?”, diz o especialista.

Rezende já atendeu players importantes da economia, como a ExpoSul Rural, Associação dos Cacauicultores do Espírito Santo, Terminal Industrial Multimodal da Serra, Sindicato dos Bares e Restaurantes do Espírito Santo, Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Espírito Santo, concessões privadas da Curva da Jurema e Orla de Camburi, dentre outras.

Ele, por fim, ainda destaca que o cenário é de céu de brigadeiro. “Dos dois lados: do lado das marcas do agronegócio, sejam pequenas, médias ou grandes; as perspectivas de se fazer uma ótima comunicação com a mídia são ótimas porque o agro é a bola da vez, a engrenagem do nosso País, as emissoras de boas notícias da economia. Do outro lado, das marcas de notícias, idem: afinal de contas, quem não quer contar uma boa história, comunicar um dado relevante ou espalhar uma ideia transformadora? A bola está quicando, basta encapá-la da forma certa e chutar para o gol. Um a zero para o agro no placar na audiência”, finaliza.

 

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