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Ales destaca potencial do artesanato capixaba

Além dos 12 mil registrados em sistema nacional, estima-se que outros 40 mil trabalham com artesanato no Espírito Santo

por Assessoria de imprensa Ales

em 20/03/2024 às 12h43

4 min de leitura

Ales destaca potencial do artesanato capixaba

Foto: Divulgação/Assembleia Legislativa (Ales)

O artesanato capixaba é rico em produção e qualidade, reflete a riqueza e diversidade histórica e cultural do Espírito Santo. Com técnicas tradicionais e inovações contemporâneas, os artesões locais produzem artigos de cerâmica, barro, tecelagem, coco, madeira, trabalhos com conchas e sementes, entre outros materiais.

O setor movimenta cerca de R$ 2 bilhões por ano na economia do Espírito Santo, com 12 mil artesãos registrados no Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (Sicab). Além desses trabalhadores inscritos no cadastramento único dos artesãos do Brasil, estima-se que outras 40 mil pessoas trabalham com artesanato, de acordo com a vice-presidente da Federação das Associações dos Artesãos do Espírito Santo (Feartes), Maria das Graças Reis Costa.

A representante da Feartes, que também preside a Confederação Brasileira dos Artesãos (Conart), participou da sessão especial promovida pela Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira (19) para celebrar o Dia Nacional do Artesão e debater políticas públicas para o setor. “Hoje é dia de reivindicações, debates e reflexão da luta com a qual nos comprometemos como categoria”, pontuou Maria das Graças.

O proponente do evento, deputado João Coser (PT), falou da iniciativa como forma de articular e fortalecer o artesanato capixaba. “Estamos aqui para tratar de políticas públicas que gerem oportunidades para artesãos e artesãs. Trabalhadores extremamente habilidosos, mantenedores de tradição cultural que muito nos orgulha. A gente sabe que viver de arte, de cultura e tradição no Brasil não é tarefa fácil. Dialogar com a categoria é um convite para construirmos um caminho de valorização do nosso artesanato”, destacou Coser.

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Conquistas

Nos últimos anos, o artesanato capixaba tem ganhado destaque em eventos nacionais e internacionais. Com apoio da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo do estado (Aderes) e do Sebrae, o setor alcança visibilidade e tem as vendas impulsionadas em eventos como a Feira ArteSanto e a Feira Nacional de Artesanato dos Trabalhadores Empreendedores Solidários (Fenartes).

As feiras se constituíram numa política pública extremamente importante para o segmento, que permite que os artesãos em pouco tempo vendam muito. E vamos continuar promovendo as feiras artesanais”, destacou o diretor-presidente da Aderes, Alberto Farias Gavini Filho.

Além disso, programas de valorização e capacitação têm contribuído para a profissionalização dos artesãos, como comentou o gestor do projeto de Artesanato do Sebrae/ES, Guilherme Pella. “O Sebrae atua também nas capacitações, como o projeto ‘Acelera Artesanato’. E também fazemos uma escuta ativa para de fato trazer soluções para os novos desafios que todo ano surgem”, disse Pella.

Demandas

Maria das Graças lembrou dos avanços trazidos pela Lei Federal 13.180/2015, que regulamentou a profissão, sancionada pela então presidente Dilma Rousseff. “O artesanato tomou um pulso, hoje o artesão brasileiro tem voz. Aonde ele for pode reivindicar, debater e cobrar seus direitos como profissional do artesanato no Brasil”, afirmou a presidente da Conart.

Apesar das conquistas, o segmento ainda enfrenta desafios. Maria das Graças aproveitou para apresentar demandas como a criação de um Conselho Estadual de Artesanato, uma linha de crédito especial para os profissionais, e destinação de emendas parlamentares para custeio das atividades dos trabalhadores do artesanato e associações.

Representando os artesãos individuais, Renilda Dutra Rosa pediu articulação com o governo federal para garantir aposentadoria para a categoria que muitas vezes sofre por não ter o trabalho valorizado com remuneração adequada. “As mãos habilidosas dos nossos artesãos criam peças que enriquecem nosso patrimônio cultural. No entanto, os artesãos enfrentam desafios significativos. E a falta de uma aposentadoria adequada se torna uma preocupação. Devemos trabalhar para criar políticas que incluam os artesãos no sistema de previdência diferenciada, visto que produzimos pela madrugada o que vamos comercializar durante o dia”, completou Renilda.

A presidente da Associação Criarte de Aracruz, Hildete Calimam, e o artesão de casacas Domingos Teixeira – mais conhecido como Mestre Domingos do Congo – também falaram sobre a rotina laboral e sobre a importância dos artesãos e artesãs para a economia do Espírito Santo.

A sessão especial contou ainda com a presença dos deputados Zé Preto (PL), Iriny Lopes (PT) e Coronel Weliton (PRD).

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