Exportações

Exportações recordes de café podem limitar estoques nacionais

por Conselho Nacional do Café

em 18/06/2019 às 18h23

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Divulgação

Os embarques nacionais de café seguem em ritmo acelerado. Em maio, as exportações totais atingiram novo recorde de volume para o mês: foram 3,5 milhões de sacas de 60 kg, avanço de 9,3% frente a abril e mais que o dobro da quantidade de maio/18, segundo dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café). Para agentes do setor, a expectativa é de que as exportações sigam elevadas, finalizando a safra de 2018/19 (de julho/18 a junho/19) com volume próximo das 40 milhões de sacas de 60 kg.

Na parcial da temporada (de julho/18 até maio/19), os envios totais somaram 37,8 milhões de sacas, volume 35,9% superior ao do mesmo período da safra 2017/18 e já superando o recorde de 2014/15, de 36,6 milhões de sacas embarcadas. Em relação a cafés verdes, o crescimento foi de 39,2% em relação à safra passada (julho/17 a maio/18), com 34,3 milhões de sacas.

Especificamente para o arábica, o volume embarcado na parcial desta safra, de 31,1 milhões de sacas, supera em 28,6% o da temporada anterior. No caso do robusta, as exportações da atual safra, de 3,1 milhões de sacas, estão 7,8 vezes acima das de 2017/18.

Vale apontar que, com os embarques aquecidos, a expectativa é de que os estoques de passagem da safra 2018/19 sejam menores do que os previamente estimados. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) revisou o balanço final dos estoques brasileiros para 3,8 milhões de sacas em maio, contra 6,8 milhões na primeira estimativa.

A redução dos estoques será refletida especialmente em 2019/20. Com a menor produção esperada, devido, especialmente, à bienalidade negativa, e com as expectativas de que o consumo siga em alta e os embarques, em bons níveis, a oferta pode ser limitada. Esse cenário, por sua vez, poderia dar sustentação às cotações do café em determinados períodos de 2019/20, especialmente dos grãos finos &ndash, vale lembrar que parte dos primeiros lotes apresentou problema de qualidade.

Por outro lado, o setor cafeeiro também já está atento à safra 2020/21, que será de bienalidade positiva. Caso o desenvolvimento desta temporada siga em boas condições no segundo semestre de 2019, os preços podem ser pressionados novamente. (*Agência Estado)

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