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O Espírito Santo possui um total de 1,46 milhões de hectares em pastagens, ocupadas por 1,94 milhões de cabeças, considerando leite e corte, o que representa 12% do Valor Bruto da Produção Agropecuária, com R$ 1,11 bilhões por ano, conforme dados fornecidos pelo Incaper.
E diante desses números e do que encontramos no campo, poderíamos dobrar a produção de carne e de leite do Estado ocupando a mesma área, com o uso correto de tecnologias disponíveis e sem aumentar demasiadamente o custo de produção.
Identificamos que o maior desafio é dominar corretamente as tecnologias de processos dentro da propriedade e, com baixo custo, alterar consideravelmente o manejo da fazenda, afetando a produtividade e a rentabilidade do negócio.
Dentre diversas tecnologias de processos, podemos citar duas que basicamente dependem de um conhecimento técnico e profissional para ser implantada, com um custo que é absorvido pelo resultado.
A primeira é a identificação do gado para reconhecimento individual, que pode ser feita com marca a ferro quente, brinco ou chip. A prática possibilita a contagem e a pesagem de cada animal, gerando parâmetros importantes para uma tomada de decisão mais assertiva quanto à suplementação e mudança de pasto, bem como para calcular o aumento ou queda de peso do rebanho e individualmente, e também para o cálculo correto do custo da arroba produzida.
A segunda é verificar a área e a condição da pastagem para definir o manejo, a taxa de lotação, decidir sobre redivisão correta do pasto, determinar o aumento ou diminuição do tempo de descanso da área, e também se existe a necessidade de recuperar ou reformar alguma área.
Veja que a média de ocupação da pastagem do Espirito Santo é em torno de 1 UA/ha, e o pastejo rotacionado, por exemplo, permite trabalhar com 2 UA/ha ou mais, dependendo do nível de manejo e adubação.
Com essas definições corretas e calculadas tem-se o potencial produtivo da fazenda, pois produzir mais ou menos arrobas é diretamente dependente do volume e qualidade de pasto disponível, ou seja, não se pode nem desperdiçar nem tão pouco prejudicar a produção natural do volumoso.
Apenas com esses dois exemplos de tecnologias de processos na propriedade teríamos um aumento de produção muito significativo, já que potencializam o ganho de peso e afetam diretamente a rentabilidade do sistema, aproveitando sempre o melhor que seu pasto pode oferecer aos seus animais e tornando mais assertiva a suplementação.
O mais importante de tudo que foi dito é o produtor entender que um impacto positivo muito grande pode ser gerado sem grande desembolso, apenas direcionando os esforços da equipe no controle, no potencial do pasto e na correta suplementação, e a partir deste controle, evoluir para que ano a ano o rendimento da fazenda seja maior.
*Renata Erler é zootecnista, gestora de agronegócio, e vice-presidente da Associação dos Zootecnistas do Espirito Santo (Azes).
