Mais lidas 🔥

Na Vila Batista
Vila Velha certifica sua primeira agroindústria de mel

Mercado
Preços do mamão formosa sobem com oferta menor nas principais regiões

Reconhecimento nacional!
Conexão Safra vence o Prêmio Ibá de Jornalismo 2025

De quarta para quinta
Veja as 55 cidades capixabas que estão sob alerta vermelho para temporais

Momento de atenção!
Espírito Santo tem alerta por risco de granizo e tempestades; veja as cidades

As variações extremas e recordes de temperaturas, nunca vistas, com calores intensos seguidos de quedas bruscas de temperatura, têm refletido negativamente no comércio de verduras, frutas e hortaliças, que sofrem com esta alta variabilidade climática e ficam mais vulneráveis e frágeis. Consequentemente, as perdas desses alimentos aumentam em todos os elos da cadeia, desde a produção e logística ao consumidor final.
Com isso, os cuidados no cultivo, transporte, armazenagem e estoque precisam ser revistos, impactando no valor dos alimentos frescos. De acordo com o IBGE, a inflação em dezembro, no subgrupo Alimentação no domicílio subiu 1,34%. Os destaques foram a batata-inglesa (19,09%), feijão-carioca (13,79%), arroz (5,81%) e frutas (3,37%). Já o IPEA fez uma projeção de safra 2,8% menor que a registrada em 2023, impactada pelos efeitos do El Niño. As ondas de calor previstas no primeiro quadrimestre de 2024 também podem prejudicar as plantações de tubérculos, verduras, legumes e frutas, desta forma, as altas projetadas para os alimentos, neste ano, são de 3,9% no IPCA e de 4,1% no INPC.
Um dos principais fatores que o aumento das temperaturas influencia é a aceleração do amadurecimento das frutas. Essa durabilidade mais curta impacta em toda a cadeia, necessitando de uma maior celeridade entre as etapas e adaptações no transporte e armazenamento. Um exemplo, para o setor varejista, é uma atenção redobrada à quantidade a ser comprada de produtos frescos, uma vez que, com o calor, ter grandes quantidades de estoque não alinhados com a demanda e que se deterioram mais rapidamente, podem significar perdas expressivas.
Em cenários atípicos como estes fica ainda mais claro como é importante para o varejo fazer uma boa gestão de estoque e dos pedidos, porém métodos convencionais podem não ser eficazes para lidar com a complexidade. É por isso que novas soluções que incluem modelos de inteligência artificial para fazer previsões e otimizações estão nascendo, uma vez que esse tipo de tecnologia consegue lidar com múltiplas variáveis e simular diversos cenários para chegar nas melhores decisões.
Este é o caso da Aravita que, reconhecendo a importância e a complexidade da boa gestão de alimentos frescos em supermercados, usa modelos de machine learning para recomendar o “pedido perfeito”, considerando inúmeras variáveis que afetam a demanda, as características quantitativas e qualitativas do estoque, e o funcionamento da cadeia de abastecimento.
“As condições climáticas e sazonais desempenham um papel crucial na gestão de alimentos frescos, impactando a demanda, qualidade e disponibilidade dos produtos”, explica Aline Azevedo, co-fundadora e diretora de Produtos da Aravita. Além das variáveis de clima, a solução da Aravita concilia informações internas da rede varejista – como histórico de vendas, planograma, planejamento de promoções – com diversas variáveis externas como datas comemorativas, indicadores macroeconômicos, preços da concorrência, entre outras – tudo isso aplicado a cada loja e cada categoria de produto. Ao otimizar as quantidades a serem compradas, existe uma diminuição simultânea do desperdício e da falta de produtos, minimizando custos desnecessários e perdas de vendas, desta forma aumentando o lucro de nossos clientes.
Segundo a FAO, agência especializada das Nações Unidas que lidera os esforços internacionais para derrotar a fome, mais de 45% de todas as frutas e legumes produzidos no mundo são descartados, o que a torna a categoria com maior desperdício no mundo. Enquanto as soluções atuais são eficazes para produtos industrializados (embalados e com códigos de barras), justamente o setor que mais sofre com as intempéries climáticas e com o desperdício, tem poucas soluções específicas, com avaliação quanti e qualitativa dos elementos que influenciam sua venda e a durabilidade.
“Estamos em um momento crítico do planeta, em que essas variabilidades climáticas só tendem a aumentar. Quando você tem condições climáticas nunca vistas, o impacto na durabilidade de frutas, verduras e legumes fica imprevisível e a chance de aumentar o desperdício e, logo, os custos de uma operação, é ainda maior”, afirma Aline Azevedo.





