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Economia

Bolsa fecha em alta pelo quarto dia consecutivo impulsionada por commodities; dólar recua

por Agência CMA

em 07/12/2021 às 20h19

4 min de leitura

Bolsa fecha em alta pelo quarto dia consecutivo impulsionada por commodities; dólar recua

Foto: Pixabay

A Bolsa fechou a terça-feira (7) em alta, impulsionada pelas ações das empresas ligadas às commodities e de peso como Vale e Petrobras, com investidores de olho na definição sobre a promulgação da PEC dos precatórios e na divulgação da nova taxa Selic (taxa básica de juros), atualmente em 7,75%. Do lado negativo, as ações do setor financeiro e ligadas ao mercado imobiliário fecharam em queda.

“Com quatro pregões de alta, em sequência que não era vista há dois meses, o Ibovespa já ganhou quase 6 mil pontos em dezembro. Após cinco meses consecutivos de queda, o sonho do rali de fim de ano parece estar em andamento”, comentou Alexsandro Nishimura, economista e sócio da BRA.

“O Ibovespa foi novamente impulsionado pelo salto das ações da Vale, que acompanhou os preços do minério de ferro e voltou a ultrapassar US$ 110 por tonelada, atingindo o maior preço em mais de cinco semanas. Este movimento da commodity ocorreu devido à expectativa de que o plano do governo chinês de aliviar as restrições ao setor imobiliário aumente a demanda. O Ibovespa, entretanto, se afastou das máximas por causa do impasse em torno da promulgação da PEC dos Precatórios, além do arrefecimento de outras blue chips”, acrescentou.

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Segundo o especialista, as ações da Petrobras conseguiram se manter em campo positivo, acompanhando a valorização do petróleo, mas com alta reduzida em reflexo à aprovação em comissão do Senado de projeto de lei que estabelece alíquotas mínimas para o imposto de exportação de petróleo bruto e altera a política de preços da estatal.

IGP-DI

O Indice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou queda em novembro de 0,58% depois de avançar 1,60% em outubro, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado ficou acima da mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA, de -0,42%. Com isso, o indicador acumula altas de 16,28% no ano de 2021 e de 17,16% em 12 meses até novembro, resultado que ficou ligeiramente abaixo da previsão, de +17,35%, ainda segundo o Termômetro CMA.

Para a chefe de economia da Rico, Rachel de Sá, o dado manteve as apostas para uma elevação de 1,5 ponto percentual na Selic, ao final da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que terminará nesta quarta-feira (8). “Esperamos que o Banco Central anuncie hoje mais uma elevação de 1,5 ponto percentual na Selic – levando a taxa para 9,25% ao ano. “Já que a situação segue complicada na terra dos preços, esperamos que o Copom passe um recado bastante “falcônico” em sua comunicação – ou seja, destacando que fará tudo o que tiver no alcance para que a inflação alcance a meta (de 3,5% ano que vem) no horizonte relevante de política monetária. Em nossa visão, esse processo de alta da Selic deverá continuar até março de 2022, com a taxa básica de juros chegando a 11,50% ao ano”, comentou a analista da Rico.

O dólar comercial fechou em R$ 5,6190, com queda de 1,29%. A moeda norte-americana perdeu força com o ambiente global de apetite ao risco, além do otimismo com a variante Ômicron, que aparenta ser menos letal que as anteriores.

Para o head de análise macroeconômica da GreenBay Investimentos, Flávio Serrano, “o movimento hoje é de maior apetite ao risco, com forte correção no preço das commodities, em especial o minério de ferro que subiu quase 9% na China”. Serrano também vê uma atmosfera mais animadora quanto à nova cepa da Covid: “Existe otimismo em relação ao controle da Ômicron e isso também anima os mercados”, pontua.

Para a economista e estrategista de câmbio do Banco Ourinvest, Cristiane Quartaroli, “existe um otimismo internacional com a Ômicron, que aparentemente causa menos problemas que o esperado”. Quartaroli acredita que os ruídos fiscais dificultam a valorização do real: “Os mercados continuam esperando a definição da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, isso acaba limitando a queda do dólar”, enfatiza.

Agência CMA

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