Novo coronavírus: previna-se contra informações falsas

Receitas caseiras ou fórmulas farmacêuticas que prometem imunizar contra o novo coronavírus, distribuição de álcool em gel, acesso gratuito a serviços de entretenimento, testes, enfermeiro virtual e até um auxílio financeiro para autônomos e pessoas de baixa renda batizado de “Auxílio Cidadão 2020 ”. Esses são apenas alguns exemplos de informações falsas e iscas usadas para atrair pessoas para golpes no ambiente virtual.

Além da preocupação com o inimigo invisível que tem abalado o mundo, os cidadãos precisam redobrar a atenção com as informações que circulam nas redes sociais e aplicativos de mensagens pois, tão rápida quanto a propagação do vírus causador da Covid-19, é a disseminação de notícias falsas e golpes. Levantamento do laboratório especializado em segurança digital dfndr lab, da Psafe, aponta que cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil já tiveram acesso a informações falsas ou iscas para golpes.

Boatos sobre o novo coronavírus, aplicativos que supostamente fornecem dados estatístico, mas acabam bloqueando os smartphones, além de links para sites que coletam dados pessoais para uso criminoso são alguns dos modos de ação dos criminosos do universo digital.

Especialista em Tecnologia e Segurança da Informação, Gilberto Sudré orienta sobre como evitar disseminação de fake news e se precaver dos crimes virtuais. O especialista diz que a checagem é o principal meio de acabar com a propagação e indica duas ferramentas.

Uma delas é a central de informações criada pelo Whatsapp para informar sobre prevenção, sintomas e como usar o aplicativo de forma proativa para se comunicar durante a pandemia. Outra indicação é o Catálogo de Fraudes, ferramenta criada em 2008 pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) que divulga, orienta e alerta sobre principais golpes que circulam na internet.

“É essencial verificar quem mandou a mensagem, se é uma fonte confiável. Ainda assim, se houver desconfiança ou dúvidas, cheque por meios confiáveis e informe à pessoa que enviou para que ela não siga propagando uma fake news ”, orienta Sudré. O especialista ainda recomenda que aplicativos só sejam baixados nas lojas oficiais dos sistemas Andoid e iOS. “Muitos sites e links direcionam para aplicativos maliciosos.

Um exemplo relacionado ao coronavírus é o app Covid-19 Tracker, que supostamente traria dados mundiais da pandemia, mas na verdade pode danificar os aparelhos ”, alerta. Normalmente o app é enviado por meio de links em redes sociais. Ele bloqueia o aparelho e, para desbloqueá-lo, hackers exigem pagamento.

Fake news

Diante da onda de boatos e notícias falsas que prejudicam inclusive as ações de enfrentamento ao novo coronavírus no País, o Ministério da Saúde lançou um número de Whatsapp (61) 99289-4640 para checagem de informações. A ideia é que a população envie as informações virais que serão apuradas pela área técnica e respondidas oficialmente. Os textos e/ou imagens virais podem e devem ser enviados para o número antes de serem propagados.

O próprio ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi vítima de informação falsa. Um áudio com autoria atribuída a ele circulou nas redes sociais, mas o ministro esclareceu que todas as informações à população serão repassadas por meio dos canais oficiais da pasta.

O Ministério da Saúde também disponibiliza o app Coronavírus-SUS para orientar sobre sintomas, prevenção, o que fazer em caso de suspeita e infecção entre outros tópicos.

Centrais para informações sobre o novo Coronavírus na Grande Vitória:

Vitória – 156
Vila Velha – 162
Serra – 136
Viana – (27) 99953-9497
Cariacica – (27) 3354-5635

O Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam-Ufes) realiza uma campanha, disponibilizando peças como cartazes e vídeos para prover a população e profissionais de saúde com informações confiáveis sobre o assunto.