Pandemia

Covid-19: vacinas aplicadas no Brasil conferem proteção adicional a quem teve a doença

Um estudo publicado no site Medrxiv, nesta quarta-feira (29), mostra que as quatro vacinas aplicadas no Brasil conferem um alto grau de proteção adicional contra a infecção sintomática e as formas graves da Covid-19 em indivíduos que já haviam contraído o Sars-CoV-2 previamente. O estudo, liderado por Julio Croda e Manoel Barral-Neto, pesquisadores da Fiocruz, […]

Foto: Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

Um estudo publicado no site Medrxiv, nesta quarta-feira (29), mostra que as quatro vacinas aplicadas no Brasil conferem um alto grau de proteção adicional contra a infecção sintomática e as formas graves da Covid-19 em indivíduos que já haviam contraído o Sars-CoV-2 previamente. O estudo, liderado por Julio Croda e Manoel Barral-Neto, pesquisadores da Fiocruz, reforça ainda a importância do esquema vacinal completo, mesmo para essas pessoas.

Em formato de preprint (sem revisão dos pares), o estudo mostra que as quatro vacinas apresentam efetividade de 39% a 65% para prevenir as formas sintomáticas da doença. No caso das três vacinas com esquema de duas doses (Coronavac, AstraZeneca e Pfizer), a segunda dose fornece uma efetividade significativamente maior quando comparada com a primeira. A média de proteção contra hospitalização ou morte excede 80% 14 dias após o esquema vacinal completo – em comparação com pessoas infectadas e não vacinadas.

“A importância de ser vacinado é a mensagem principal, e a necessidade dessas duas doses para maximizar a proteção. Vemos que alguns países chegam a recomendar apenas uma dose para quem teve Covid, por considerar que estes já contam com um certo nível de anticorpos neutralizantes. Mas esse tipo de avaliação de efetividade na vida real mostra que há um ganho adicional com a segunda dose. É um ganho substancial contra as formas graves”, explica Julio Croda, pesquisador da Fiocruz Mato Grosso do Sul e principal investigador do estudo.