Cooperativismo

Coop apresenta demandas para o Plano Safra da Agricultura Familiar

por Assessoria de Comunicação OCB/ES

em 05/06/2024 às 5h00

3 min de leitura

Foto: freepik.com

Em reunião com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e diretores da pasta, o Sistema OCB apresentou, nesta segunda-feira (27), as propostas do cooperativismo para o Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/2025. O objetivo do encontro foi trabalhar alternativas que contribuam para a ampliação do desenvolvimento agrícola e pecuário brasileiro. “Discutimos propostas para aprimorar a distribuição de recursos e sugestões que acreditamos ser significativas para fortalecer ainda mais os agricultores familiares no Brasil, que representam mais de 70% do quadro social das cooperativas agropecuárias brasileiras, segundo os dados do Anuário Brasileiro do Cooperativismo 2023”, afirmou a superintendente Tania Zanella, presente no encontro.

O montante sugerido pelo Sistema OCB para a dotação orçamentária 2024/2025 é de R$ 87 bilhões, sendo R$ 45 bilhões de custeio e comercialização e outros R$ 42 bilhões para investimento. A entidade também solicitou a redução das taxas de juros para valores abaixo de dois dígitos, com uma média de corte de 2,5 pontos percentuais por linha, com base na taxa de juros praticada no momento, e o aumento global do limite de contratação por beneficiário em praticamente todas as linhas, visando ajustar os valores para a realidade atual do agronegócio nacional.

No que diz respeito aos recursos globais, a entidade propôs ao MDA medidas como a elevação do percentual de exigibilidade dos recursos obrigatórios em depósito à vista de 30% para 34%; a manutenção do percentual de direcionamento dos recursos captados por meio da poupança rural em 65%; e o aumento do direcionamento dos recursos captados por LCA de 50% para 60%.

Entre as prioridades apresentadas, também está o acesso da agricultura familiar inserida no cooperativismo ao Pronaf, por meio de ajuste para que o percentual mínimo de DAP/CAF, ou seja, 60%. “Para isso, sugerimos a adoção de uma escala gradual de enquadramento, que tem como referência faixas de percentuais de agricultores familiares no quadro social para limites diferenciados de contratação. Dessa forma, conseguimos, inclusive, contemplar a política pública que visa valorizar cooperativas que possuam maior percentual de agricultores familiares em seus quadros sociais, sem deixarmos desamparados os que  atingem percentuais de 60% até 75%, explicou Tania.

A superintendente também reiterou o papel das cooperativas como instrumento de desenvolvimento no campo, sendo um meio essencial para a geração de emprego e renda no país. “Esse cenário é potencializado pelas características de inclusão produtiva, econômica e social resultantes da organização coletiva que o modelo de negócios propicia para os seus donos, ou seja, os cooperados”, completou.

O ministro Paulo Teixeira reiterou seu apoio ao cooperativismo e informou que a equipe do ministério está trabalhando para buscar atender os mais diversos pleitos da agricultura familiar. “Faremos todo o possível para que o Plano Safra 2024/25 seja mais uma vez um poderoso indutor da produção agropecuária brasileira”, destacou.

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