Mais lidas 🔥

Na Vila Batista
Vila Velha certifica sua primeira agroindústria de mel

Mercado
Preços do mamão formosa sobem com oferta menor nas principais regiões

Reconhecimento nacional!
Conexão Safra vence o Prêmio Ibá de Jornalismo 2025

De quarta para quinta
Veja as 55 cidades capixabas que estão sob alerta vermelho para temporais

Previsão do tempo
Instabilidade perde força no ES, mas sábado segue com nuvens e chuva fraca

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) participou no último dia 26 de janeiro, da Comunidade de Prática (CdP) da fase três do Projeto Coffee & Climate no país, gerido pela Fundação Neumann do Brasil, que tem como tema “Mudanças Climáticas”.
A CdP tem como objetivo reunir os diferentes atores da cadeia produtiva do café, juntamente com lideranças jovens, mulheres e organizações para debater os desafios e propor soluções aos temas relacionados às mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura.
“O evento proporcionou profícua interação entre os participantes e pesquisadores do tema mudanças climáticas, subsidiando as discussões sobre ações necessárias para proporcionar mais adaptação e resiliência à cafeicultura brasileira”, revela Silvia Pizzol, gestora de Responsabilidade Social e Sustentabilidade do Cecafé.
Em palestra, a Dra. Claudine Pereira Dereczynski, do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), contextualizou o 6º Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), publicado no ano passado, e apresentou resultados de pesquisas que corroboram a tendência de aquecimento em toda a América do Sul até o final do século XXI.
O pesquisador Jurandir Zullo Junior, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), abordou trabalhos científicos que tratam da relação entre agricultura e mudanças climáticas, incluindo seus impactos no zoneamento agroclimático do café no Brasil.
“Após as apresentações e debates, ficou evidente a necessidade da realização de mais pesquisas, integrando equipes multidisciplinares, com o objetivo de avaliar os impactos das avançadas práticas sustentáveis existentes na cafeicultura brasileira na adaptação e resiliência às mudanças climáticas”, analisa Silvia.
Conforme ela, algumas dessas práticas foram avaliadas no Projeto Carbono do Cecafé, como o maior aporte de matéria orgânica e manutenção de cobertura nas entrelinhas do cafeeiro, que geram impactos positivos nas propriedades químicas, físicas e biológicas do solo, qualidade do ar, armazenamento da água, captura de carbono e promoção da biodiversidade.
“Tais benefícios foram demonstrados cientificamente pela obtenção de um balanço negativo de carbono da ordem de 10,5 toneladas de gás carbônico e equivalentes por hectare ao ano devido à adoção dessas boas práticas agrícolas no café”, pontua.
Os participantes também discutiram os principais desafios impostos pelas mudanças climáticas e soluções a serem trabalhadas, como a disseminação de práticas de agricultura regenerativa, mais capacitações em gestão da propriedade rural, acesso a instrumentos financeiros para mitigação de riscos, captura de valor pela remoção do carbono da atmosfera, entre outros.
“Esses resultados estão sendo avaliados pela equipe da Fundação Neumann do Brasil e subsidiarão os conteúdos a serem abordados nas próximas etapas da CdP do Projeto Coffee & Climate, que ocorrerão ao longo de 2023”, conclui a gestora do Cecafé.




