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Cervejas

Cervejarias capixabas têm crédito no Bandes para investir em turismo

Empresa de Venda Nova do Imigrante contou com o Bandes para investir no crescimento.

por Assessoria de Comunicação Social do Bandes

em 06/03/2024 às 6h00

6 min de leitura

Cervejarias capixabas têm crédito no Bandes para investir em turismo

Hoje, a cervejaria de Venda Nova produz mais de dez estilos de cervejas

Cervejas artesanais têm ganhado cada vez mais espaço nas prateleiras de supermercados, em lojas especializadas e também no gosto dos consumidores. O modelo de negócios tem sido uma alternativa para empresários capixabas que investem no setor turístico, tendo o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) como apoiador, por meio de suas linhas de financiamento.

De acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Espírito Santo se destacou no Anuário da Cerveja 2022 como o estado da Região Sudeste com a maior densidade cervejeira. Isso significa que, para cada 59.544 habitantes do Estado, existe uma cervejaria, deixando o Espírito Santo atrás apenas de Santa Catarina (34.132) e Rio Grande do Sul (36.989) no ranking nacional.

São pequenos e médios empreendimentos que apostam no turismo de experiência, cada vez mais personalizadas e que estimulam a economia regional. Sabores diversos e criativos, aliados a espaços aconchegantes são formas de atrair visitantes e a população local. Em Venda Nova do Imigrante, o empresário Ricardo Lorezon Feitosa tem realizado verdadeiras “alquimias” do sabor com a Tarvos Cervejaria, na busca por alcançar novos públicos.

Aliado a isso, nos últimos anos, as cervejarias artesanais se popularizaram pelas diferentes possibilidades e sabores que apresentam. A Tarvos Cervejaria buscou o apoio do Bandes para ampliar a produtividade e levar o nome do negócio para todo o Estado.

Antes de se tornar um negócio, a produção de cervejas era um hobbie do empresário Ricardo Lorezon Feitosa. Ele conta que há anos já fazia parte do universo cervejeiro, produzindo na panela caseira da família. Em 2021, a atividade virou um negócio.

Com formação em Bioquímica e Farmácia, Ricardo Feitosa tinha conhecimento e experiência para lidar com os ingredientes, calcular as medidas necessárias para a fermentação e controlar a qualidade do que produzia. O empresário destaca que essa expertise técnica diferencia a presença da Tarvos no mercado, por evitar erros e desperdícios no processo.

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“Na academia, nós somos preparados para entender processos laboratoriais, como o controle de PH e o controle microbiológico para fazer a preparação de uma levedura com a menor contaminação possível. Em minha opinião, o conhecimento que adquiri na UFRJ sobre o padrão operacional de procedimento foi o mais importante para o processo de produção de cerveja. Isso porque é preciso entender como começar, fazer experimentações e o controle para conseguir uma resposta que não seja equivocada”, afirma Ricardo Feitosa.

 

Ricardo Lorezon Feitosa, proprietário da Tarvos.

Apesar da especialização prévia, o proprietário da Tarvos Cervejaria decidiu expandir os conhecimentos sobre processos laboratoriais e se capacitar para aprimorar a qualidade do produto. “Mesmo tendo essa formação, fui atrás de entender o que é importante no universo cervejeiro: estudei cerveja e malte, microbiologia cervejeira e controle de qualidade cervejeiro”, destaca.

Cervejas mais que especiais

Atualmente, a Tarvos produz mais de dez estilos de cervejas, entre elas as clássicas Premium Lager (que remete à Pilsen), Ipa Tradicional, Red, Stout e as mais inovadoras: Witbier com manjericão, coentro e limão, e a Ipa de Frutas Amarelas com adição de maracujá. Outros sabores diferenciados têm chocolate em sua composição, como a Chocoberry – uma Dark Strong Ale com as frutas orgânicas produzidas nas montanhas capixabas (framboesas douradas, vermelhas e pretas, mirtilo e pitanga preta) – e a ChocoStout, feita com adição de avelã, cacau e baunilha.

Com cervejas especiais produzidas a partir da combinação de frutas da estação, a experiência do cliente é cercada de exclusividade. O proprietário e cervejeiro atua como um verdadeiro alquimista do sabor.

 

“Eu gosto de misturar e buscar sabor nas cervejas que produzo. A proposta da Tarvos é que a pessoa se permita, experimente e escolha o que acha melhor”, Ricardo Feitosa, proprietário da Tarvos.

Rumo à expansão

Com o passar do tempo, a demanda pelas cervejas produzidas pela Tarvos cresceu, mas a empresa precisou recusar pedidos por falta de capacidade produtiva. Por isso, o proprietário buscou os recursos do Fundo Geral do Turismo (Fungetur) para investir na aquisição de equipamentos para aumentar a produção, como tanques de fermentação, e torná-la mais rápida, com trocadores de calor mais potentes.

Empresa buscou apoio do Bandes para ampliar capacidade produtiva

A implantação do maquinário permitirá que a cervejaria capixaba tenha um excedente de produção de 3 mil litros, se tornando capaz de atender eventos e pontos de venda estratégicos para dar visibilidade à marca, essencial para expandir os horizontes.

“Vamos colocar a Tarvos no mercado para que isso seja sustentável. Queremos chegar aos municípios vizinhos e ter cada vez mais gente consumindo a cerveja”, afirma Feitosa.

“Tenho certeza de que, aumentando a capacidade produtiva, a Tarvos vai se tornar a cervejaria de Venda Nova. Daqui a cinco anos, espero que o Estado inteiro saiba que a Tarvos exista”, declara o empresário.

O gerente de Negócios do Bandes especializado no atendimento a empreendimentos turísticos, Mario Augusto Jantorno, estaca a importância da parceria entre o banco capixaba e os empresários para o desenvolvimento sustentável da economia. “O Bandes atua de forma estruturada e em parceria com as diversas entidades representativas do setor de turismo capixaba, focando na identificação e apoio a empreendimentos pertencentes a esta cadeia. O segmento de cervejarias artesanais capixabas vem se destacando como grande atrativo turístico nas diversas regiões do Estado, e o Bandes está atento a tal potencial”, afirma.

Conheça o Fungetur

Uma das alternativas para o financiamento de empresas interessadas em investir no turismo local é o Fundo Geral do Turismo (Fungetur). O Bandes é uma das dez instituições de desenvolvimento no País que repassa os recursos do Ministério do Turismo. Com o Fundo, os negócios voltados ao segmento, especialmente bares, lanchonetes, cafés e empresas do ramo de hospedagem, podem investir com carência e prazo de pagamentos adequados ao negócio, podendo chegar, respectivamente, de 24 a 120 meses.

A linha apoia investimentos de implantação, expansão, relocalização, modernização, diversificação, desenvolvimento tecnológico e gerencial de empreendimentos ligados ao setor turístico. Podem buscar financiamentos empresas de hospedagem, agências de turismo, organizadoras de eventos, parques temáticos, acampamentos turísticos, centros de convenções, parques aquáticos, prestadoras de serviços de infraestrutura para eventos, restaurantes, cafeterias, bares.

 

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