Recolhedoras de café serão lacradas se descumprirem norma de segurança
por Rosimeri Ronquetti
em 03/04/2025 às 5h00
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Foto: divulgação/Piana Rural
Com a aproximação da colheita do café no Espírito Santo, o superintendente Regional do Trabalho no Espírito Santo, Alcimar das Candeias da Silva, alerta os produtores quanto ao uso das máquinas recolhedoras de café. Segundo Candeias, os equipamentos encontrados sem os devidos dispositivos de segurança serão interditados.
Em 2022, após o registro de dois óbitos e sete amputações por acidentes em máquinas recolhedoras de café durante a colheita, entidades ligadas ao setor estabeleceram normas para o uso do equipamento. O maquinário não poderia mais sair da fábrica sem os devidos dispositivos de segurança e os fabricantes deveriam formular e oferecer os kits de proteção para as máquinas já em uso no Norte do Espírito Santo.
“Estamos orientando os que compraram as máquinas antes de 2024, ainda sem os ajustes para garantir a segurança na operação, que procurem se informar e adquiram os kits de segurança. Caso sejam encontradas máquinas sem o dispositivo, serão interditadas”, ressalta o superintendente.
Foto: reprodução Instagram
Candeias explicou ainda que, “caso ocorra um acidente com uma máquina sem os devidos ajustes, o contratante corre risco de sofrer ação civil e até ação penal, tendo em vista que as máquinas, da forma que estavam, eram inseguras e geravam riscos para os trabalhadores”.
Mais Conexão Safra
Os kits requeridos incluem a instalação de um botão de pânico para o travamento imediato do equipamento em caso de emergência, entre outras melhorias. O superintendente do Trabalho destacou ainda a importância de dar treinamento aos trabalhadores que operam as recolhedoras para evitar acidentes.
Outra observação é quanto ao uso de equipamentos de segurança. De acordo com a Norma Regulamentadora (NR) 31, que estabelece medidas de segurança e saúde no trabalho em atividades como agricultura, os proprietários devem fornecer luvas, botas, óculos de proteção, calçados e chapéus, para os safristas.
O grupo que discutiu os ajustes nos equipamentos era composto pelos sindicatos dos trabalhadores rurais e sindicatos patronais rurais, o Serviço de Aprendizagem Rural (Senar), Ministério Público do Trabalho (MPT), e representantes dos fabricantes das recolhedoras de café.