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Cafeicultura

Produção de cafés especiais esbarra na falta de capacitação

por Rosimeri Ronquetti

em 29/11/2023 às 0h53

2 min de leitura

Produção de cafés especiais esbarra na falta de capacitação

*Fotos: Divulgação

Há dois anos, o português Paulo Alexandre Esteves Jorge (52) deixou a terra natal e foi morar em Laginha, no município de Pancas, no Noroeste do Espírito Santo. Apreciador de bons cafés, ele se dedica ao cultivo e à produção de qualidade.

“Em Portugal, tive contato com a produção de vinho. Portanto, quando decidi me mudar para o Brasil, e uma vez que estou em uma região produtora de café, foi natural que me interessasse pela cultura. Queria produzir café e agregar valor à minha produção”, conta o português.

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Sorte de principiante ou não, fato é que o primeiro café beneficiado por Paulo Alexandre alcançou 83 pontos. Na avaliação sensorial apresentou notas frutadas, de caramelo e mel, finalização longa e corpo aveludado.
Mas nem tudo foram flores nesse processo. Após todo cuidado com os grãos na colheita e pós-colheita e um investimento de cerca de R$ 40 mil em equipamentos, o neo-cafeicultor precisou recorrer à internet para fazer o curso de torra.

É que na região onde mora existe pouco ou nenhum incentivo à produção de cafés especiais. “Eu sempre achei que um curso de torra deveria ser presencial, mas na minha região não encontrei nenhum curso nessa área, então fiz on-line mesmo”, conta.

Cristiani Martins Busato, engenheira agrônoma e coordenadora do Programa de Qualidade do Café Conilon do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) Campus Itapina, onde ajudou a implantar a Casa de Torra, espaço criado para formação de alunos e produtores rurais da comunidade, destaca a importância dos cursos de capacitação na área de cafés de qualidade.

“A capacitação é fundamental para abrir os olhos dos produtores quanto à importância de se fazer um café de qualidade. Aprendendo o processo de produção de qualidade, o produtor entende por que o valor agregado é maior. Mas, infelizmente, ainda temos pouca oferta de cursos aos produtores. Justamente por isso nos dedicamos muito para criar esse espaço para oferecer capacitação em qualidade do café”, conta a agrônoma.

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