Capixabas conquistam três vagas no prêmio CNA de cafés especiais

Três cafés capixabas se destacaram entre os 232 cafés especiais inscritos no Prêmio CNA Brasil de Cafés Especiais Torrados. Deste número foram selecionados os 10 melhores, 5 do tipo conilon e 5 do tipo arábica, categoria na qual os representantes do Espírito Santo apareceram.

Café do Príncipe, do produtor Emílio Horst de Iúna, Café Família Protazio, do produtor Manoel Protazio de Dores do Rio Preto, e Douro Cafés Especiais, do produtor Thiago Douro de Marechal Floriano, foram os três finalistas capixabas selecionados pelo júri técnico da premiação.

Responsável pelo café de Iúna, no sul do estado, o produtor Emílio Horst se diz extremamente honrado em ter seu café reconhecido, entre tantos outros. “É uma prova do trabalho árduo e da dedicação da família envolvida em todo o processo, desde o cultivo até a xícara final. É uma conquista que reflete não apenas a qualidade do produto, mas também o cuidado com cada etapa do processo de produção”, reflete o cafeicultor.

Emílio já foi atendido pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Espírito Santo (Senar-ES) e atribui a evolução do negócio aos aprendizados que teve. “A ATeG foi fundamental para melhorar a gestão do nosso sítio, auxiliando-nos na organização financeira, no planejamento estratégico e na tomada de decisões importantes. Isso nos permitiu otimizar recursos, reduzir custos e aumentar a eficiência da nossa produção”, ressalta.

O coordenador técnico da ATeG, Vinicius Maline, fala do orgulho de ver capixabas chegando na final e explica a importância da assistência na melhoria dos produtos. “Hoje na ATeG, temos diversos produtores ativos na cafeicultura, é o nosso carro-chefe. Afinal, a tradição da cafeicultura está espalhada por todo o estado capixaba. Ficamos contentes de ver a contribuição da Assistência, desde a parte técnica até a gerencial, na ascensão desses produtores rurais que acreditam e confiam no trabalho do Senar-ES. Estamos na torcida”, resume.

Os cafeicultores capixabas compartilham da mesma alegria e do mesmo desejo de ganhar o prêmio final. O produtor Manoel Protazio, de Dores do Rio Preto, mal pode esperar pelas próximas etapas da premiação. “Estou muito feliz por estar entre os cinco selecionados do Brasil. Acho que o que faz o meu café ser especial é a dedicação e o amor pelo o que faço. Agora quero ser campeão, mesmo sabendo que todos são merecedores”, afirma o responsável pelo Café Família Protazio.

Já o produtor de Marechal Floriano, Thiago Douro, destaca a importância do incentivo aos cafeicultores. “Sem dúvida, essa iniciativa promovida pelo CNA  é uma motivação a mais para nós produtores de cafés, em produzir qualidade e melhorar o produto entregue aos consumidores”, aponta.

Etapas 

Os jurados técnicos avaliaram 232 cafés especiais inscritos no Prêmio CNA Brasil. Todos os participantes receberam um retorno sobre seu produto, para que dessa forma possam melhorar seus cafés e, consequentemente, se posicionar no mercado.

A próxima fase do prêmio focado na cafeicultura será o júri popular. Já a etapa final conta com a análise das histórias dos finalistas. Os primeiros colocados receberão certificados, selos e prêmios em dinheiro.

A iniciativa do prêmio é do Programa de Alimentos Artesanais e Tradicionais da CNA, que visa oferecer soluções e alternativas que auxiliem na profissionalização do pequeno e médio produtor rural, com foco em agregar valor aos alimentos produzidos por eles.