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A Embrapa obteve a primeira variedade brasileira de feijão carioca resistente ao crestamento bacteriano aureolado (Pseudomonas syringae pv. phaseolicola). Trata-se de uma doença ainda não registrada no país, mas amplamente difundida pelo mundo e presente em países vizinhos como Argentina, Chile, Peru, Colômbia e Venezuela. A variedade foi desenvolvida por meio de melhoramento genético preventivo, que estuda doenças epragas de alto risco para as principais espéciesagrícolasantes que elas cheguem aoterritórionacional. Essa pesquisa contou com o apoio daUniversidade Federal de Goiás (UFG),Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O estudo partiu da identificação, dentro do acervo do Banco Ativo de Germoplasma(BAG)da Embrapa Arroz e Feijão, de duas linhagens de feijão: BelNeb-RR1 e ZAA-43, conhecidas por terem cada uma delas um gene de resistência ao crestamento bacteriano aureolado. Ambas foram cruzadas com a variedadeBRS Estilo, que é uma cultivar de feijão da Embrapacom grão de qualidade comercial carioca.
Como o crestamento bacteriano aureoladoéuma doença quarentenária, não presente no Brasil, nãoera possível testar o sucesso daincorporação dos genes deresistênciaà BRS Estilo na presença dopatógeno, no campo ou em casa de vegetação.Nesse caso, a soluçãofoiutilizar conhecimentos oriundosdo melhoramento genético preventivo paraverificar se houve de fato a introdução da herança genéticadesejada na variedade. Paraisso, foi utilizadaa técnica de marcadores moleculares, que funcionam como“chips ” que ajudam a analisar o DNA e identificar a inserção de genes na planta.
“A pesquisa foi realizada utilizando a seleção assistida por marcadores moleculares aplicados ao genoma do feijoeiro. Nesse caso, foram utilizados marcadores SSR (SimpleSequence Repeat), que atestaram a presença dos dois genes de resistênciaapóso avanço de gerações, via retrocruzamento, com a cultivar BRS Estilo. Esses genes apresentam ação dominante e conferem resistência a oitodas noves raças conhecidas da bactéria ”, contaa pesquisadora da Embrapa Paula Torga,uma das coordenadoras desse trabalho.
Opróximopasso da pesquisaéa validação da resistência incorporada à BRS Estilo, expondo a variedade ao contato direto com a doença, o que será feito fora do Brasil para não colocar em risco as lavouras nacionais.Os testesserão conduzidosem parceria com instituições de pesquisa internacionais que farão a prova final em ambiente controlado de casa de vegetação e também em campo.




