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Anuário 2021

Um Estado cada vez mais doce

por Rosimeri Ronquetti

em 09/03/2022 às 9h56

3 min de leitura

Um Estado cada vez mais doce

Foto: Gerência Multimídia/ Prefeitura de Viana

A produção de mel capixaba segue crescendo ano após ano. De acordo com os últimos dados consolidados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), elaborados pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), a produção em 2020 foi de 687.504 quilos. 

Já em 2021, na avaliação do presidente da Federação dos Apicultores do Espírito Santo, Arno Wieringa, a produção foi boa, com uma produção média de 20 a 22 kg por colmeia, apesar dos fatores climatológicos. “Tivemos neste ano um período prolongado de seca em relação ao ano passado, e muita chuva em novembro e dezembro, duas condições climáticas que interferem na produção de mel. Mesmo assim, a produção chega próximo das 700 toneladas”, explica Wieringa. 

Com relação ao mercado, o crescimento do setor, especialmente nos últimos dois anos, se deve à procura por produtos mais saudáveis. E a previsão é que esse mercado se amplie ainda mais em 2022.  “Devido à pandemia, o mel e o própolis tiveram uma procura crescente. As pessoas buscaram por produtos mais naturais, então ninguém tem mel estocado, todo mundo conseguiu vender seu mel. A expectativa é que em 2022 esse mercado cresça ainda mais”, garante o presidente. 

Mel na taba

O ano foi bom também para as comunidades indígenas Tupiniquim e Guarani, do município de Aracruz. As aldeias registraram safra recorde de 725 kg de mel de abelhas nativas sem ferrão. O projeto de meliponicultora é desenvolvido pelos indígenas e a Suzano desde 2012, e desde então vem dando muitos frutos. 

A última novidade é a loja virtual para comercializar os itens da marca Tupyguá, produzidos pelos participantes da Cooperativa de Agricultores Indígenas Tupiniquim e Guarani de Aracruz (Coopyguá). A cooperativa é resultado do resgate de uma das tradições indígenas, a meliponicultura (criação de abelhas nativas sem ferrão), projeto que faz parte do Programa de Sustentabilidade Tupiniquim e Guarani (PSTG), apoiado pela Suzano.

A consultora de Desenvolvimento Social da Suzano, Vanessa Ronchi, salienta que o mel Tupyguá é um produto nobre produzido por comunidades tradicionais, o que o torna ainda mais valorizado. “O e-commerce é uma maneira de expandir a utilização dos produtos dos indígenas de Aracruz para outros lugares, divulgando um trabalho que é referência e que está alinhado às práticas sustentáveis, gerando renda para as famílias participantes”, pontua Vanessa.

Cidade do Mel

Conhecida com a “Cidade do Mel”, Viana, na Grande Vitória, está acompanhando o crescente ritmo desta atividade no Estado. Para ampliar ainda mais a produção, o município recebeu neste ano o investimento de mais de R$ 181 mil em equipamentos que foram entregues a 13 produtores da Associação Vianense de Apicultores (Aviapis).  

Desde 2018, Viana conta com a Casa do Mel Adolfo Bügger.  Instalada na Fazenda Experimental Engenheiro Agrônomo Reginaldo Condi/Incaper, em Jucuruaba, o local abriga a sede da Aviapis, que produz cerca de 20 toneladas de mel por ano. 

São 175 metros quadrados de área construída com recepção, salas de processamento, higienização, embalagem, banheiros, copa, sala para depósito de materiais químicos, entre outros.

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