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As abelhas nunca param!

A produção está presente em todas as regiões capixabas, sendo que os maiores produtores, em 2019, foram Fundão e Marechal Floriano

por Fernanda Zandonadi

em 05/03/2021 às 11h05

3 min de leitura

As abelhas nunca param!

Foto: divulgação

A produção média de mel no Espírito Santo chega aos 30 kg por mês e envolve cerca de 1,2 mil produtores (Foto: Pixabay)

A produção de mel tem se consolidado no Espírito Santo. Em 2019, a produção ficou em 660 mil kg de mel, um pouco acima da consolidada em 2018, quando os produtores entregaram 620 mil kg ao mercado. Ainda longe do ápice de 2015, quando a produção foi de 870 mil kg, a cultura vem num crescente desde 2016, quando foram produzidos 544 mil quilos de mel em solo capixaba. A produção média chega aos 30 kg por mês e envolve cerca de 1,2 mil produtores, sendo que 250 deles já estão organizados em associações.

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A produção está presente em todas as regiões capixabas, sendo que os maiores produtores, em 2019, foram Fundão (80 mil kg), Marechal Floriano (77 mil kg) e Aracruz (55 mil kg). Há produção expressiva também em São Mateus, Domingos Martins, São Domingos do Norte e Colatina. No país, são 243 espécies de abelhas sem ferrão registradas e 42 delas aparecem no Espírito Santo, três delas mais comumente criadas: jataí, uruçu amarela e uruçu capixaba.

“A percepção é que a tanto a apicultura, que é a produção de mel com a abelha africanizada, quanto a meliponicultura, que é a abelha sem ferrão, estão se consolidando. No Estado, temos um comitê da apicultura e meliponicultura, a Federação está atuante e temos a Associação de Meliponicultura do Espírito Santo ”, explicou Alex Fabian Rabelo Teixeira, extensionista do Incaper em Linhares.

E a organização é uma forma de alavancar vendas e fazer o setor crescer ainda mais, segundo Teixeira. Há apicultores que estão se organizando para conseguir as inspeções municipais e estaduais. Está sendo buscado, também, um selo de origem geográfica para nosso mel, tudo isso está sendo estudado.

Um dos passos que devem ser tomados, segundo Teixeira, é o investimento na apicultura migratória. “Temos boas floradas de café e eucalipto. E a apicultura migratória é aquela que o apicultor se desloca para os locais de florada. Por exemplo, temos uma boa florada no norte, então é hora de transportar essas colmeias para o local. A produção de mel, dessa forma, dura o ano todo ”, explica.

Um dos passos que devem ser tomados é o investimento na apicultura migratória (Foto: Pixabay)

Essa forma de produção, segundo ele, é um ganha-ganha. “O café, por exemplo, tem a polinização feita pelo vento. Mas a abelha no local aumenta a produção em até 30%, tanto o arábica quanto o conilon. É uma área a ser explorada, essa área de fazer polinização direcionada. Há alguns cafeicultores que pagam para colocar colônia na plantação deles. É um setor que deveria crescer ”.

 

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