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Nestes tempos de pandemia,estamos enriquecendo nosso vocabulário: lockdown, distanciamento social, coronavírus, álcool gel, higienização, conference call, quarentena e a palavra pandemia, que foi declarada pela OMS em março. Todos esses termos, além de seus significados, trouxeram mudanças sociais e econômicas que refletirão para o resto de nossas vidas. Nada será como antes, é a visão que temos do futuro.
Querendo ou não, vamos conviver num novo mundo: mais cuidadoso, solidário, empático e preocupado com a saúde, sanidade e sustentabilidade. O mundo, até aqui incólume à Covid-19, mantém a sua própria dinâmica e cronologia. As ruas das grandes metrópoles, agora vazias, abriram espaço para os animais, o som da cidade está abafado, o horizonte está mais limpo.

Já no campo, o gado continua pastando e ganhando peso, a vaca tem que ser ordenhada todas as manhãs, as poedeiras botam ovos e os frangos devem ser abatidos no momento certo. Esse é o ritmo natural e imutável da agropecuária. As culturas perenes continuarão a dar frutos e assim têm que ser tratadas e colhidas. As lavouras anuais ainda exigem o preparo do solo, têm que ser plantadas, adubadas e defendidas contra pragas e doenças para serem, também no momento certo, levadas ao mercado, seja ele doméstico, ou internacional, garantindo o alimento para a população.
O agro não para! E de fato não pode parar! Basta observar que o comércio, parte da indústria e os serviços ficaram paralisados ou restritos, mas a população não parou de se alimentar. Se comer é essencial, o agronegócio também foi considerado assim e, mesmo aos trancos e barrancos logísticos estamos conseguindo abastecer os mercados ao tempo e a hora.
As lavouras de ciclos curtos, como a horticultura e fruticultura, estão vivendo enormes dificuldades provocadas pela paralisação abrupta do food-service. Espera-se uma readaptação ao novo ritmo de demanda no retorno das restaurantes e alimentação fora de casa. Por outro lado, e por “sorte ”, se é que podemos usar esse termo, o vírus deu as caras no Brasil exatamente no momento que chamamos de entressafra.
Estamos acabando de colher os grãos da safra de verão 19/20 e iniciando, em breve o plantio da safra de inverno. E o que o inverno nos reserva? Ainda não sabemos. Como será quando o inverno passar? Não podemos prever.
Mas o agro, está de pé, está disposto e está trabalhando para garantir que não falte alimento para a população, ainda mais em tempos tão sombrios como esse e está atento para às mudanças e demandas que acontecerão quanto tudo isso passar.
Eduardo Daher
Diretor executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag)




