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De alta importância econômica, a mandiocultura ocupa um lugar de destaque na produção rural do Norte fluminense, em especial, São Francisco de Itabapoana. E a adequação foi um passo importante para a formalização dessa cadeia produtiva. Os donos de fábricas de farinha procuraram auxílio junto à Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária do Rio de Janeiro e relataram que estavam com dificuldades para comercializar a produção, devido ao preço baixo do produto, “além de enfrentar a concorrência da farinha que é fabricada em outros Estados, pois com equipamentos obsoletos o custo de produção é alto, tornando a farinha produzida no município menos competitiva no mercado consumidor”.
Diante disso, foi concordado que seria feita uma análise de viabilidade para uso de recursos do Programa Rio Rural para a cadeia produtiva da mandioca, “beneficiando, assim, não apenas os donos de farinha mas, principalmente, os produtores de mandioca e os trabalhadores rurais que trabalham nas lavouras de mandioca no município de São Francisco de Itabapoana”, apontou um estudo de caso feito pela Emater-Rio.
No município, 300 produtores ocupam uma área de três mil hectares e produzem 36 mil toneladas de mandioca por ano. São Francisco de Itabapoana possui, ainda, 35 fábricas de farinha e cerca de 20 fábricas de tapiocas e bijus. Toda a cadeia produtiva envolve cerca de 2.200 pessoas, do cultivo ao processamento da mandioca para a fabricação da farinha, tapioca, bijus, dentre outros subprodutos da raiz.
A análise feita por meio da Emater-Rio a fim de adequar o Programa Rio Rural aos produtores apontou que seria necessária a organização dos produtores, o que gerou a Associação dos Produtores de Mandioca e de Fabricantes de Farinha de Mandioca de Travessão de Barra, composto por um dono de fábrica de farinha e 14 produtores.
Além da maior competitividade, a parceria entre o Programa Rio Rural e o Projeto Prosperar adequa as fábricas de farinha já existentes às legislações trabalhistas, sanitárias, ambientais, além de melhorar a qualidade e quantidade do produto que é entregue ao mercado.
“Espera-se como resultado final do trabalho maior integração entre donos de fábrica e os produtores de mandioca; melhor qualidade da farinha e maior valor agregado; melhoria da qualidade da lavoura de mandioca e um destino adequado dos efluentes gerados no processamento da mandioca, preservando os recursos hídricos e o solo”, aponta o projeto.
Com o processo de adequação das fábricas, muito produtores de farinha iniciaram a diversificação da produção. Alguns produtores começaram a produzir, além da farinha crua e torrada, goma para tapioca, tapiocas (bijus) e, mais recentemente, a farofa, também chamada de “farinha gourmet”, agregando assim mais valor à produção.
Se antes os produtores de São Francisco do Itabapoana tinham como principal produto a farinha de mandioca, atualmente eles estão incrementando seu “produto base” com ingredientes como bacon, cebola, alho, entre outros. Em alguns casos, a farofa chega a ser prato principal, quando generosamente incrementada.
Além disso, essa reestruturação da cadeia produtiva da mandioca fez com que os produtores de farinha de São Francisco de Itabapoana, começassem a alcançar novos mercados e a participar de exposições e feiras, deixando de serem meros coadjuvantes no mercado.





