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Depois de três meses de fortes perdas nas exportações, o setor de cafés especiais brasileiro começa a enxergar uma reversão do cenário. A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) celebrou a retirada total das tarifas impostas pelos Estados Unidos — soma da tarifa base de 10% com o adicional de 40% — após a assinatura de uma nova ordem executiva pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na quarta-feira (20). A mudança desmonta o chamado “tarifaço”, considerado pelo setor uma distorção comercial sem precedentes entre o maior produtor mundial de café, o Brasil, e o maior mercado importador, os EUA.
Os efeitos negativos da medida, adotada em agosto, foram imediatos. Entre agosto e outubro, período em que o tarifaço esteve em vigor, os embarques de cafés especiais brasileiros para os Estados Unidos despencaram cerca de 55%. O volume caiu de 412 mil sacas de 60 kg registradas no mesmo trimestre de 2024 para apenas 190 mil sacas neste ano — uma retração que acendeu alertas em toda a cadeia produtiva e afetou especialmente produtores de cafés de alta pontuação e exportadores capixabas, mineiros e paulistas.
Com a nova decisão da Casa Branca, a BSCA avalia que o fluxo comercial entre os dois países deve ser restabelecido, recuperando gradualmente contratos suspensos, margens de exportação e a previsibilidade logística. Para a entidade, a retirada das tarifas corrige uma anomalia que penalizava justamente um dos segmentos mais qualificados e valorizados da cafeicultura brasileira.
Em nota, a associação reconheceu o trabalho articulado da cadeia produtiva nacional — incluindo Abic, Abics, CNA, Cecafé e CNC — e destacou o papel do governo federal brasileiro nas negociações. A expectativa é de que, com o fim das barreiras, o setor volte a operar próximo da normalidade e consiga reconquistar espaço em nichos específicos do mercado americano, onde o Brasil perdeu competitividade nos últimos meses.
O alívio tarifário chega em um momento no qual o Brasil já vinha ampliando sua presença global com cafés diferenciados, ganhando premiações, visibilidade e novos consumidores. Agora, com a retomada das condições comerciais tradicionais, produtores e exportadores esperam recuperar o ritmo de embarques e retomar o crescimento no mercado mais estratégico para os cafés especiais brasileiros.





