Políticas públicas

Agricultura familiar: motor de renda e desenvolvimento no ES

A agricultura familiar, considerada um dos maiores ativos do Espírito Santo, pode ser o motor para ampliar a renda da população capixaba e mitigar os impactos da reforma tributária. Essa visão foi destacada pelo vice-governador Ricardo Ferraço, que enfatizou o potencial do setor em gerar emprego, renda e desenvolvimento social, sobretudo por meio do fortalecimento […]

agricultura familiar
Foto: divulgação

A agricultura familiar, considerada um dos maiores ativos do Espírito Santo, pode ser o motor para ampliar a renda da população capixaba e mitigar os impactos da reforma tributária. Essa visão foi destacada pelo vice-governador Ricardo Ferraço, que enfatizou o potencial do setor em gerar emprego, renda e desenvolvimento social, sobretudo por meio do fortalecimento de políticas públicas voltadas ao homem do campo, ao turismo rural e o agroturismo.

“A agricultura familiar capixaba é um dos maiores ativos que o povo do Espírito Santo construiu ao longo de sua história. Ela tem capacidade de gerar emprego e renda, contribuir para o desenvolvimento social e manter as pessoas em suas localidades de origem. É ela quem lidera a atividade econômica nas pequenas e médias propriedades rurais capixabas. O estado é o que é, em parte, graças à agricultura familiar, pela capacidade empreendedora, criatividade e disposição ao trabalho dos agricultores familiares.”

Ricardo Ferraço, que já atuou como secretário de Estado da Agricultura do Espírito Santo, traz para o debate mais de duas décadas de experiência no setor. Sua gestão no início dos anos 2000 foi marcada por iniciativas pioneiras que pavimentaram o apoio à agricultura familiar, incluindo o programa “Caminhos do Campo”, lançado quando esteve à frente da Agricultura.

Ricardo Ferraço, vice governador do Espírito Santo, afirma que a agricultura familiar capixaba é um dos maiores ativos que o povo do Espírito Santo construiu ao longo de sua história (Foto: divulgação)

O projeto, um dos precursores das políticas públicas voltadas ao turismo rural, focou na adequação e no revestimento de estradas rurais, priorizando regiões com maior concentração de agricultura familiar. O objetivo era melhorar o escoamento da produção, reduzir custos e minimizar perdas de produtos perecíveis.

Em duas décadas, o programa pavimentou mais de 1.300 quilômetros de estradas rurais, abrangendo 142 trechos em 66 municípios, com investimentos que superam R$ 1 bilhão em valores atuais. Além de facilitar o transporte de mercadorias, o “Caminhos do Campo” abriu espaço para o turismo rural, tornando acessíveis roteiros que valorizam a cultura e a produção local.

Reforma tributária

Ferraço conecta esses esforços à atual conjuntura econômica, especialmente às mudanças propostas na reforma tributária. O desafio central, segundo ele, está na alteração da incidência do ICMS – imposto que financia grande parte das políticas públicas do estado. “O ICMS é dividido entre quem vende e quem consome. Com a reforma tributária, toda a arrecadação passa a ir para o local de consumo”, explica.

Para compensar eventuais perdas de arrecadação, o vice-governador defende ações que ampliem a renda da população. “O que já estamos fazendo é trabalhar para aumentar a renda do capixaba. Ampliando os ganhos, ampliamos também o consumo. Ao fortalecer a agricultura familiar do Espírito Santo, criamos sistemas que reforçam a renda, como o turismo rural e o agroturismo, que desempenham papel decisivo nessa construção”, finaliza.

Renato Casagrande e Ricardo Ferraço

No registro, o vice-governador Ricardo Ferraço e o governador Renato Casagrande.Ricardo Ferraço, que já atuou como secretário de Estado da Agricultura do Espírito Santo, tem mais de duas décadas de experiência no setor. Sua gestão no início dos anos 2000 foi marcada por iniciativas pioneiras que pavimentaram o apoio à agricultura familiar, incluindo o programa “Caminhos do Campo”, lançado quando esteve à frente da Agricultura.

Sobre o autor Fernanda Zandonadi Desde 2001, Fernanda Zandonadi atua como jornalista, destacando-se pelo alto profissionalismo e pela excelência na escrita de suas reportagens especiais. Tem um conhecimento aprofundado em agronegócio, cooperativismo e economia, com a habilidade de traduzir temas complexos em textos de grande impacto e relevância. Seu rigor e qualidade na apuração e narração de histórias do setor garantiram que seu trabalho fosse constantemente reconhecido pela crítica especializada, o que a levou a conquistar múltiplas distinções e reconhecimentos em premiações regionais e nacionais de jornalismo. Ver mais conteúdos