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Celebrado nesta sexta-feira (10), o Dia Mundial do Ovo marca um momento de expansão sem precedentes para a cadeia de postura comercial brasileira. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a produção nacional deve alcançar 62 bilhões de unidades em 2025, alta de 7,5% em relação a 2024 — o maior volume da história do setor.
O avanço é impulsionado principalmente pelo aumento do consumo interno. A média nacional deve atingir 288 ovos por habitante em 2025, crescimento de 7,1% sobre o ano anterior. O desempenho coloca o Brasil, pela primeira vez, entre os dez maiores consumidores per capita de ovos do mundo.
Para o presidente da ABPA e do Instituto Ovos Brasil (IOB), Ricardo Santin, o cenário confirma uma transformação estrutural na cadeia.
“Estamos vivendo uma nova era para o setor de postura. O ovo tem ganhado espaço em todos os perfis de consumo, impulsionado por acessibilidade, versatilidade e alto valor nutricional”, afirma.
A entidade estima que em 2026 o país possa chegar a 65 bilhões de ovos produzidos, com consumo per capita de 306 unidades, o que colocaria o Brasil na sétima posição mundial.
ES bate recorde
Nos primeiros cinco meses de 2025, o Espírito Santo registrou um novo recorde histórico: US$ 3,6 milhões em exportações de ovos e 1,6 mil toneladas embarcadas, segundo a Secretaria da Agricultura (Seag). O desempenho representa um salto de +682% em valor e +370% em volume em relação ao mesmo período de 2024.
Os Estados Unidos tornaram-se o principal destino, respondendo por 97% do total exportado, seguidos por Panamá e Ilhas Marshall. O crescimento supera, em ritmo, a média nacional — o Brasil exportou 26,1 mil toneladas, aumento de 35,7% no volume.
De acordo com o secretário de Agricultura, Enio Bergoli, o resultado combina preparo técnico e oportunidade:
“O movimento reflete o atendimento aos requisitos sanitários e certificações técnicas. O Espírito Santo mostrou agilidade ao responder à crise global de escassez gerada pela gripe aviária”, destaca.
A gripe aviária (H5N1), com surtos severos nos Estados Unidos, reduziu o plantel de poedeiras e elevou a demanda por importações. A partir de fevereiro, os EUA passaram a comprar ovos brasileiros para consumo humano direto, e não apenas para uso industrial — mudança que ampliou as oportunidades para os avicultores capixabas.
O gestor de projetos da Seag, Filipe Barbosa Martins, explica que a decisão norte-americana “abriu um novo mercado para o Espírito Santo”, antes restrito ao uso em rações animais.




