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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou, na última quarta-feira (8), um estudo inédito que traça um panorama completo sobre a situação das estradas vicinais no Brasil, apontando os investimentos necessários para sua recuperação, os custos econômicos e ambientais das más condições de conservação e recomendações para reverter o cenário atual.
No Espírito Santo, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-ES) atua há anos reforçando a relevância dessa pauta por meio do curso “Adequação de Estradas Vicinais e Construção de Caixas Secas”, que capacita produtores rurais, trabalhadores e gestores públicos na elaboração e execução de projetos voltados à melhoria das vias rurais, com foco na conservação do solo e da água.
A formação, com 24 horas de duração, aborda desde os impactos ambientais causados por estradas não adequadas até o dimensionamento técnico e econômico das obras. Entre os conteúdos estão o uso de tecnologias sustentáveis, a elaboração de planilhas e monitoramento, a observação do relevo e da cobertura vegetal, além de orientações práticas sobre a construção e o espaçamento das caixas secas.
Desde a implantação, em 2017, o curso já foi realizado 46 vezes, capacitando 524 participantes em 35 municípios capixabas. As primeiras edições aconteceram em João Neiva, Ibiraçu e Aracruz. Com ampla experiência no tema, o instrutor Aliamar Comério ministra a formação desde o início e tem levado o conhecimento técnico sobre conservação de estradas a várias regiões do Estado.
Segundo Comério, as caixas secas têm impacto direto na durabilidade das vias rurais e na qualidade de vida da população.
“Uma professora me relatou que, após a implantação das caixas secas no município, os alunos deixaram de faltar às aulas, já que as vans escolares voltaram a trafegar normalmente mesmo em períodos de chuva. As estradas passaram a permanecer em boas condições durante todo o ano”, contou.
O curso demonstra, na prática, como soluções simples e de baixo custo podem transformar a mobilidade no campo, garantindo o escoamento da produção agrícola, o acesso a serviços públicos e o bem-estar das famílias rurais.
Levantamento da CNA
O estudo da CNA propôs a criação do Índice de Priorização de Estradas Vicinais (Ipev), ferramenta que considera fatores econômicos, sociais, ambientais e de infraestrutura para orientar investimentos públicos na recuperação da malha viária rural.
No Espírito Santo, a malha vicinal soma 48,7 mil quilômetros, sendo 11,3 mil quilômetros de estradas terciárias. Entre as 13 microrregiões capixabas, apenas Santa Teresa foi classificada como prioritária, com alto Ipev e grande produção agropecuária, impulsionada pela avicultura e suinocultura de Santa Maria de Jetibá.
Os dados reforçam a urgência de políticas voltadas à infraestrutura rural e à capacitação técnica contínua, como as promovidas pelo Senar-ES, fundamentais para garantir mobilidade, competitividade e sustentabilidade no campo brasileiro.





