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O Espírito Santo está ampliando o uso de biodigestores em propriedades cafeeiras como estratégia para tornar a produção mais sustentável. A ação integra o Projeto Cafeicultura Sustentável, coordenado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), que já garantiu a instalação de 60 equipamentos em diferentes regiões do Estado.
Os biodigestores tratam esgoto doméstico e a água residuária do café, evitando a contaminação do solo e dos corpos hídricos. Além de reduzir riscos à saúde das famílias rurais, a tecnologia melhora a qualidade de vida no campo e contribui para a preservação dos recursos naturais.
“O biodigestor é uma tecnologia acessível e eficiente, que auxilia o agricultor na gestão de resíduos e representa um avanço importante no processo de adequação socioambiental das propriedades cafeeiras”, explicou Fabiano Tristão, coordenador de cafeicultura do Incaper.
A iniciativa conta com o apoio da Plataforma Global do Café, que doou 20 dos equipamentos já instalados. As unidades de referência também funcionam como polos de difusão tecnológica, recebendo outros produtores em capacitações e demonstrações práticas.
Entre os agricultores beneficiados está Laura Cristina Souza Pinto, de Pinheiros. Ela destaca as mudanças no dia a dia da família após a instalação: “Antes, os resíduos iam direto para o solo, nada crescia em volta e ainda havia mau cheiro. Agora temos uma estrutura adequada, não precisamos pagar pela limpeza da fossa e ainda conseguimos biocomposto para as plantas. Isso trouxe ganhos para o meio ambiente e para a nossa qualidade de vida”, relatou.
O Projeto Cafeicultura Sustentável integra o Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura do Espírito Santo e é financiado pelo Inovagro, em parceria entre a Secretaria da Agricultura (Seag) e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação (Fapes).
Mais de 4.900 propriedades já foram atendidas pelo projeto, com planos de adequação socioambiental e econômica elaborados a partir de 39 indicadores de sustentabilidade. A meta é alcançar 8 mil propriedades até 2027, consolidando o Espírito Santo como referência em uma cafeicultura produtiva, rentável e ambientalmente responsável.
Além dos biodigestores, a iniciativa promove dias de campo, encontros técnicos, cursos e mantém Unidades de Referência e Demonstrativas que disseminam práticas sustentáveis nas regiões cafeeiras do Estado.




