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Produtor rural, pedreiro e artesão nas horas vagas, Junior Cruz Cândido transformou sua vida profissional quando conheceu a bambuzeria. Tudo começou em 2023, quando Junior pensou em fazer um espaço para sua filha mais velha montar uma doceria. Ciente da quantidade de resíduos deixados pela construção civil, ele pensou em fazer algo mais sustentável. Como já existia na propriedade um bambuzal, pensou em usar o bambu como matéria-prima. Foi aí que esbarrou na falta de conhecimento.
“Eu procurei informação com construtores e arquitetos de Linhares, e não achei ninguém que entendia de bambu. Uma amiga arquiteta falou comigo de uma conhecida de Vitória que fez um curso de bambuzeria em Minas Gerais. Foi aí que decidi fazer esse curso e hoje tenho formação em bambuzeria”, conta o artesão.
Junior passou 10 dias no estado mineiro e, quando voltou estava decidido a trabalhar profissionalmente com o bambu. Hoje, o Sítio Santa Lucia, em Chapadão das Palminhas, interior de Linhares, já tem 18 espécies da planta e a expectativa é chegar a 50 nos próximos 10 anos.
Ele mesmo planta, colhe, trata, produz e comercializa produtos diversos feitos com a matéria-prima em um pequeno ateliê no quintal de casa. “A bambuzeria se tornou a principal fonte de renda da minha família. As encomendas, graças a Deus, chegam de vários lugares do Espírito Santo e até mesmo de outros Estados do Brasil”.

As vendas são pela internet, no perfil do Instagram @arte_sbambu ou no ateliê. Apaixonado pelas infinitas possibilidades de peças e construções que podem ser feitas com o bambu, Junior planeja construir uma área de 250 metros quadrados. Além de aumentar sua área de produção ele também vai usar o espaço para ensinar a arte da bambuzeria.
Ele mesmo cultiva a planta e, com um pensamento voltado para a geração de renda no campo aliado à sustentabilidade, só enxerga vantagens no uso do bambu como matéria-prima.
“O bambu é uma planta que traz inúmeros benefícios para as pequenas e grandes propriedades. É um vegetal que tem um grande desempenho quando se fala na questão sustentabilidade. As raízes densas e profundas atuam como uma barreira natural contra a erosão, ajudando a manter o solo no lugar, especialmente em regiões ribeirinhas”, explica Junior.
Resistente, versátil e sustentável, com três anos a espécie já está pronta para o manejo e pode ser cortada para as diversas atividades como móveis, decoração e construção.





