Sobe e desce

Porco, boi e frango: como está o mercado da carne no Brasil

O mercado de carnes no Brasil registrou dinâmicas distintas ao longo do mês de abril, conforme levantamentos divulgados pelo Cepea

A foto mostra um pedaço de carne bovina com um ramo de alecrim e duas pimentas vermelhas ao lado
Foto: Pexels

O mercado de carnes no Brasil registrou dinâmicas distintas ao longo do mês de abril, conforme levantamentos divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Enquanto o setor bovino enfrentou uma oferta limitada e um interesse moderado por parte dos compradores, o mercado de carne de frango em São Paulo experimentou valorização impulsionada pelo aquecimento das vendas. Já a suinocultura, apesar de um leve recuo mensal nos preços, mantém patamares significativamente superiores aos do ano anterior.

No que se refere ao boi gordo, os dados do Cepea indicam que a oferta de animais para abate se manteve restrita. Agentes consultados pelo Centro de Pesquisas relataram uma baixa liquidez no início da semana, com frigoríficos demonstrando retração e exercendo pressão sobre os valores. Na terça-feira, embora tenha havido um aumento no volume ofertado em algumas regiões, os frigoríficos permaneceram parcialmente recuados, buscando preços menores ou até mesmo se ausentando do mercado devido a escalas de abate já alongadas. No atacado da carne com osso, as cotações também apresentaram queda nos últimos dias, apesar de acumularem alta ao longo de abril, segundo colaboradores do Cepea.

Em contrapartida, o mercado de carne de frango nas regiões do estado de São Paulo exibiu um cenário de alta durante o mês de abril. O Cepea aponta que essa valorização foi impulsionada principalmente pelo aquecimento das vendas da proteína. No Sul do país, a situação foi diferente, com as cotações recuando devido à menor liquidez, conforme o Centro de Pesquisas. Os pesquisadores do Cepea também relacionam o cenário de alta em São Paulo aos recentes feriados, que reduziram os dias de abate e, consequentemente, a oferta de carne no mercado interno.

Quanto à suinocultura, os levantamentos do Cepea revelam que as cotações médias do suíno vivo e da carne se enfraqueceram de março para abril. No entanto, os preços ainda superam em expressivos 20% os valores verificados há um ano. O Centro de Pesquisas atribui esse leve recuo mensal à menor procura por parte da indústria. Apesar disso, agentes do Cepea sinalizam que os negócios seguem em fluxo normal, sem indícios de cancelamento de cargas, especialmente neste final de mês. No comparativo anual, a forte valorização reflete um cenário de oferta controlada e demanda aquecida, impulsionada principalmente pelo mercado externo, conforme informações do Cepea.

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