Mais lidas 🔥

Na Vila Batista
Vila Velha certifica sua primeira agroindústria de mel

Mercado
Preços do mamão formosa sobem com oferta menor nas principais regiões

Reconhecimento nacional!
Conexão Safra vence o Prêmio Ibá de Jornalismo 2025

De quarta para quinta
Veja as 55 cidades capixabas que estão sob alerta vermelho para temporais

Previsão do tempo
Instabilidade perde força no ES, mas sábado segue com nuvens e chuva fraca

Os ovos estão mais caros na mesa dos brasileiros. Nos últimos meses, o preço do alimento básico tem apresentado alta expressiva, impactando o bolso dos consumidores. No final de fevereiro, em Santa Maria de Jetibá, o preço médio diário da caixa de ovos brancos chegou a R$ 236,21, e o dos ovos vermelhos a R$ 276,54, ambos recordes reais da série histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
As altas temperaturas registradas em todo o país têm afetado diretamente a produção de ovos. O calor excessivo impacta negativamente a produtividade das aves, resultando em menor oferta e, consequentemente, aumento dos custos de produção, segundo o diretor executivo da Associação dos Avicultores do Estado do Espírito (Aves), Nélio Hand.
“Os preços altos das demais proteínas também tem feito com que o consumidor migre para o consumo de ovos, já que o produto tem preços mais acessíveis. E temos que considerar que o ovo tem aumentado seu protagonismo como fonte de proteína básica. O consumo per capita do produto saltou de 242 unidades em 2023 para 269 unidades em 2024”, explicou.
Durante o período da Quaresma, a tendência é de que os preços se mantenham nos patamares atuais, devido à demanda aquecida e à oferta ainda limitada. “No Espírito Santo, a produção de ovos em 2024 atingiu a marca de 5,2 bilhões de unidades, um aumento de 15% em relação a 2023. Apesar do crescimento, a produção ainda está em processo de recuperação no Estado após a crise de custos que afetou o setor em 2021 e 2022. Se compararmos a produção de 2024 com a de 2020, por exemplo, ela ficou 8% menor”.
Gripe aviária
No Brasil, durante o ano de 2024, foram realizadas 319 coletas de amostras. Do total, 15 foram positivas para influenza aviária. Em 2025, até o momento de fechamento da reportagem, foram 12 coletas de amostras e nenhum caso positivo.
“Quando falamos de dados do Espírito Santo, em 2024, foram 25 coletas de amostras e cinco casos positivos. Em 2025, ocorreu uma coleta de amostras e o resultado foi negativo”, explicou Hand.
Se a situação no Brasil está sob controle, os Estados Unidos têm um cenário diferente. Desde de outubro de 2024, foram registrados mais de mil focos, com sacrifício de milhões de aves, o que inclusive tem causado desabastecimento de ovos no país. A Argentina confirmou recentemente um foco em aves de subsistência.
“Por isso, o Brasil continua em alerta, reforçando as medidas de biosseguridade, preocupado principalmente com a migração das aves silvestres”, conclui.




