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Vila Velha é berço em vários sentidos. Foi nas terras canelas-verdes que nasceu o Espírito Santo quando, em 23 de maio de 1535, Vasco Coutinho desembarcou na Prainha e fundou o primeiro povoamento da então capitania. Além disso, Vila Velha tornou-se casa e lar. Conforme divulgado pelo 42º Censo Imobiliário do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo (Sinduscon-ES), a cidade é o maior canteiro de obras do Estado e recebeu, apenas no segundo semestre de 2023, 48,9% do total de novas unidades lançadas em todo o Espírito Santo.
E é sabido que quando cuidamos de nossa casa e de nosso quintal com dedicação, tudo floresce. Pensando nisso, o governo municipal lançou, em 20 de junho, os projetos “Vila Velha 500 Anos” e “Vila Velha Ágil” – que traçam, respectivamente, um planejamento estratégico de desenvolvimento econômico sustentável até a próxima década e um plano para tornar mais ágeis os processos de atendimento ao setor produtivo do município. A proposta não apenas otimiza a ambiência de negócios, mas fomenta o meio rural, que engloba a maior parte do território vilavelhense.
“Vila Velha tem 54% de sua região em área rural. No futuro, essas áreas podem se tornar áreas urbanas, mas hoje buscamos preservar o rural também. Vila Velha, atualmente, tem um dos maiores rebanhos de Nelore do Brasil, tem uma das maiores plantações de limão tahiti do Espírito Santo, tem plantações de uva, cana e café. Nossa produção é diversificada e estamos dando condições para que os produtores possam ampliar os negócios e vender para a alimentação escolar do município, coisa que há dois anos eles não conseguiam”, disse o prefeito Arnaldinho Borgo, na solenidade de lançamento dos projetos.
A iniciativa marca um novo capítulo para o município, traçando um roteiro estratégico para o seu desenvolvimento socioeconômico sustentável nas próximas décadas. “Esta gestão está olhando muito de perto para o agro, dando oportunidade de crescimento e desenvolvimento desse setor tão importante para o município”, explicou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Vila Velha, Everaldo Colodetti.
A Associação dos Empresários de Vila Velha (Assevila) está ao lado do poder público nas iniciativas e, segundo o presidente do grupo, Thomaz Tommasi, as propostas abrirão portas para o empreendedorismo e criarão ambientes propícios para a abertura de novos negócios, sejam eles nas áreas urbana ou rural. “Temos um olhar para o associativismo e o desenvolvimento do município. E Vila Velha tem muitas oportunidades, turismo de praia, turismo religioso e uma área rural muito pujante. É uma cidade que tem muitas oportunidades e tem território, ou seja, tem para onde crescer”.
O que dizem os projetos
O plano “Vila Velha 500 Anos” busca tornar a cidade mais agradável para se viver; proporcionar maior interação entre os seus moradores; criar mais espaços de convivência social e de atuação profissional; aumentar a capacidade produtiva e a sustentabilidade do município; melhorar seu orçamento anual; e garantir mais atenção à sua vida cultural, artística e religiosa, além de valorizar cada vez mais sua identidade, atrativos, potenciais, tradições, festas e recursos naturais.
O projeto contou com uma ampla análise e um completo diagnóstico sobre as oportunidades, ameaças, principais forças e principais fraquezas de Vila Velha. Também elencou prioridades de investimentos na cadeia produtiva do setor de turismo e nas áreas de saneamento básico; assistência social; logística; e-commerce; educação; saúde; qualificação profissional e mobilidade urbana, entre outras.
A partir de uma arrojada visão de futuro, para manter o município de Vila Velha como líder na atração de novas empresas e investimentos no Estado e torná-la uma cidade ainda mais sustentável, resiliente, inclusiva, inteligente e com maior qualidade de vida, o “Vila Velha 500 Anos” definiu um mapa com objetivos estratégicos, indicadores, metas e ações que vão acelerar o crescimento econômico de modo sustentável e reduzir as desigualdades sociais em um ambiente de governança colaborativa até a próxima década.
Vila Velha Ágil
Já o segundo projeto apresentado durante o 21º Café Empresarial da Assevila foi o “Vila Velha Ágil”, que consiste em um conjunto de ações visando à simplificação dos procedimentos administrativos da Prefeitura, para dar celeridade à tramitação de processos de licenças e alvarás referentes à abertura de novas empresas na cidade. O projeto – criado a partir de um diagnóstico da situação atual e de um plano de trabalho que também contou com o envolvimento do setor produtivo –, foi explicado em detalhes pelos professores Paulo Sanches Rocha e Áurea Helena Puga Ribeiro, da Fundação Dom Cabral.
A elaboração do “Vila Velha Ágil” demandou a participação efetiva de gestores de várias secretarias municipais, como as de Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano, Tecnologia da Informação, Obras e Projetos Estruturantes, Cultura, Saúde, Educação, Serviços Urbanos, Controladoria e Planejamento.
O projeto identificou os desafios relativos aos processos executados pelas secretarias municipais da PMVV, para a promoção de um ambiente de negócios mais ágil, eficiente e atrativo, e para o desenvolvimento de soluções para cada desafio. O foco é ampliar a repatriação de empresas e a atração de novos investimentos para o município.
Escutas e elaboração de mapas
Este diagnóstico também exigiu escutas. Ao todo, 38 pessoas foram entrevistadas, sendo 13 secretários municipais; quatro subsecretários e 21 representantes do setor produtivo. A partir desta fase, foram elaborados 10 mapas relacionados ao estabelecimento de novos empreendimentos em Vila Velha; três mapas elencando as principais atividades de apoio às secretarias e um mapa que se refere ao relacionamento da Prefeitura com seus fornecedores.
Após a construção de um modelo com roteiros integrados indicando soluções de baixa, média e alta complexidades visando à execução dos processos de abertura de novos empreendimentos no município, por nível de complexidade – desde a Carta de Anuência até o Alvará de Funcionamento –, o “Vila Velha Ágil” validou sugestões e propostas dos participantes do trabalho e ainda consolidou um cronograma de ações sistêmicas que darão maior celeridade aos trâmites processuais internos da Prefeitura. Isso vai gerar benefícios para os empreendedores, para a administração pública e para a sociedade vilavelhense.
Os benefícios para os empresários constituem em redução de prazo, segurança jurídica, conveniência e previsibilidade.





