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Café e Caparaó formam uma grande combinação. Não apenas por ser a bebida ideal para o frio, mas também porque o café arábica precisa de temperaturas amenas para ser cultivado. A família Gomes que o diga. Já em sua sexta geração de cafeicultores, a família de Iúna é quem produz os cafés especiais D’Gomes.
A tradição teve início no século 19, com o bisavô João Gomes Silvestre, e resiste ao tempo e aos sucessores. Afinal, é uma paixão que vem desde a infância. Como é o caso do Márcio José Gomes. O bisneto foi quem decidiu comercializar o café que já era produzido na Fazenda Pai Herói, em Córrego Bonsucesso, na região do Caparaó capixaba.
Para o feito, Márcio contou com a ajuda da Assistência Técnica e Gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Espírito Santo (Senar-ES), a ATeG.
Atendido em 2019 e 2020, o cafeicultor diz que sua experiência com a ATeG foi essencial para saber onde estavam os erros e acertos da produção. “Com o atendimento da ATeG passamos a produzir mais com menos custos, com tratamentos certos, com produtos corretos e, principalmente, com o manejo adequado do solo”, aponta.
A presença do Senar-ES na cafeicultura dos Gomes não parou por aí. Além de ser assistido, Márcio ainda ressalta a importância dos treinamentos disponibilizados pelo Serviço, em que ele participou: Torra, Classificação e Degustação de café, Identificação de pragas e doenças do cafeeiro, Plantio e manejo de café arábica, Manutenção e aplicação de defensivos agrícolas, primeiros socorros, Roçadeira, Tratorista, entre outros, foram essenciais para o aprimoramento da fazenda.
O coordenador técnico da ATeG, Vinicius Maline, explica a necessidade de trabalhar tanto a parte técnica quanto a gerencial de um agronegócio. “Dentro da metodologia técnica, também promovemos os treinamentos de Formação Profissional Rural (FPR) do Senar, destacando a contribuição e o aperfeiçoamento com a Assistência. Evidenciamos também a relevância da parte gerencial, auxiliando o produtor a entender os custos de produção e, consequentemente, a rentabilidade do seu negócio”, exemplifica.
Afirmando sua responsabilidade socioambiental, a Fazenda Pai Herói ainda conta com geração própria de energia fotovoltaica. Mas indo além da sustentabilidade no campo, Márcio visa levar aprendizados para os produtores do Caparaó, já que o cafeicultor é também presidente do Sindicato Rural de Ibatiba. “Busco defender os direitos e interesses da classe rural e oferecer cursos de capacitações, assistência técnica e gerencial ao produtor, para melhor organização de sua atividade, e assim obter uma melhor qualidade de vida”, afirma o produtor.
Sucessão familiar, aprendizagem rural e sustentabilidade. Valores que refletem em um café de qualidade.
Assistência Técnica e Gerencial
A ATeG acompanha o produtor individualmente durante dois anos. Com visitas mensais de quatro horas em cada propriedade, o serviço oferecido gratuitamente tem o foco na gestão, geração de renda e na melhoria de produção, baseado em cinco ações: Diagnóstico produtivo individualizado; Planejamento estratégico; Adequação tecnológica; Capacitação profissional complementar; e Avaliação sistemática de resultados.
Apesar de ter a cafeicultura como carro-chefe, a ATeG ainda abrange a olericultura, bovinocultura, fruticultura, floricultura, pipericultura, ovinocultura e heveicultura.
Já a Formação Profissional Rural (FPR) conta com diversos treinamentos, de diferentes áreas do agro. Desde a cafeicultura, passando pela pecuária, indo até ensinamentos para dentro de casa, como a culinária e o artesanato. Cursos relacionados à operação e manutenção de máquinas também fazem parte da grande variedade oferecida para o público do campo.
Para participar desses serviços disponibilizados pelo Senar-ES, basta buscar o Sindicato Rural do seu município.




