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Matéria publicada originalmente 05/04/2021
A Associação de Produtores de Cafés Especiais das Montanhas do Espírito Santo (Acemes) enviou ontem, para o Japão, oito pacotes de 1 kg de grãos especiais torrados. A ação foi realizada em conjunto com cafeicultores da região e um grupo de investidores. Segundo o presidente da Acemes, Rodrigo Dias, trata-se da primeira iniciativa para aumentar a visibilidade dos cafés da região serrana capixaba no mercado asiático.
O interesse pelos cafés locais surgiu após a parceria estabelecida entre o Rio Branco Futebol Clube, de Venda Nova do Imigrante, e a BJ Football Group South America, empresa japonesa que atua no segmento esportivo, em novembro.
Além de investirno time de futebol campeão do Capixabão 2020, a BJ se propôs a viabilizar a divulgação da qualidade dos cafés das montanhas, além do potencial produtivo e turístico da região entre os compradores do Japão.
A empresa vai organizar uma degustação para potenciais clientes da “Terra do Sol Nascente ” com as amostras dos produtores associados à Acemes que já processam o café em casa e têm marca própria, agilizando o cumprimento de questões burocráticas relacionadas ao envio.Em um segundo momento, a associação poderá incluir amostras de café em grão verde cru e, assim, aumentar as possibilidades de negócios e também o volume dos envios.
Advogado da BJ, José Carlos Ceolin Júnior, também coordenador estadual das Relações Brasil e China da OAB/ES, destaca o interesse dos asiáticos pelos cafés das Montanhas do Espírito Santo.
“Os japoneses já conheciam esses cafés. As primeiras amostras foram bem selecionadas e devidamente identificadas. A origem distinta dos cafés aumenta a capacidade de venda, negociação e exposição de marcas. A ideia é fazer marcas conhecidas na região ganharem asas ”, afirma Ceolin, para quem as comissões da OAB têm por objetivo aumentar o multilateralismo entre os países.
O presidente da Acemes, Rodrigo Dias, vê no envio das amostras uma abertura de portas no mercado mundial, mas destaca a necessidade de profissionalização dos produtores.
“Quem já torra café em casa pode desenvolver perfis conforme os gostos dos compradores, e os produtores devem cada vez mais se preparar para receber comitivas de estrangeiros ”, diz.
A Acemes é a substituta processual da Indicação Geográfica (IG) dos Cafés das Montanhas do Espírito Santo junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). De acordo com Dias, a certificação está para sair dentro de 40 dias. “A IG é uma ferramenta a mais para abrir rotas para o nosso produto no mercado internacional. O mundo está valorizando a origem controlada ”. A próxima ação tem foco na China.






