Mais lidas 🔥

Tragédia de Mariana
Bananas cultivadas em área com rejeitos do Rio Doce podem oferecer risco a crianças, diz estudo

Modelos climáticos
La Niña deve perder força nos próximos meses e terminar no fim do verão

Periquito-da-praia
A vovó tinha razão! Estudo confirma potencial anti-inflamatório de planta da medicina popular

Modelos climáticos
Próximo El Niño deve ser formar em 2026

Mercado
Mesmo com menor demanda, baixa oferta garante estabilidade nos preços do mamão

Criado em 1887 com o objetivo de assistir tecnicamente o desenvolvimento da cafeicultura nacional, o Instituto Agronômico &ndash, IAC conta com o Programa Café, atualmente coordenado pelo Centro de Café “Alcides Carvalho” e apoiado por outros Centros de Pesquisa do próprio IAC e de outros institutos de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios – APTA. Pioneiro na pesquisa de café no Brasil, referido Programa teve início em 1932 e foi responsável pelo desenvolvimento de 67 cultivares de café da espécie arábica, as quais ocupam grande parte de lavouras do Brasil e do mundo, há várias décadas.
O referido Programa Café do IAC possui 11 linhas distintas de pesquisas, mas que se complementam, e trabalham no desenvolvimento contínuo de novas cultivares que contenham características especiais e também novos atributos positivos, tais como: boa produtividade, adaptabilidade a diferentes regiões produtoras, resistência a pragas e doenças, além de tolerantes a seca, baixo teor de cafeína e, obviamente, que produzam bebidas de excelente qualidade.
Adicionalmente, pesquisas com processos de pós-colheita, arborização, cultura de tecidos, desenvolvimento regional e boas práticas agrícolas, completam o Programa Café do IAC, no sentido de que as cultivares lançadas pelo Instituto também possuam os requisitos mínimos necessários para o desenvolvimento de uma cafeicultura sustentável.
Vale também destacar que o Instituto Agronômico &ndash,IACé uma das dez instituições fundadoras doConsórcio Pesquisa Café, o qual foi criado em 1997 por iniciativa do (ex) Ministério da Indústria e do Comércio Exterior &ndash, MDIC e Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento &ndash, MAPA visando conjugar conhecimentos, recursos materiais, financeiros e equipes de instituições de pesquisa, ensino e extensão rural localizadas nas principais regiões produtoras do País, sob a coordenação daEmbrapa Café.
Neste contexto, nos trabalhos de melhoramento genético do cafeeiro desenvolvido pelo IAC, o Instituto preconiza o desenvolvimento de materiais de alta produtividade e rusticidade, que se adaptem às mais diversas condições edafoclimáticas e se destaquem por características capazes de atender às demandas específicas do setor produtivo e, obviamente, do consumidor final no País e exterior. Dessa forma, para fins desta divulgação, serão elencadas as últimas quatro cultivares elites lançadas pelo IAC, e seus principais atributos positivos, a saber: IAC 125 RN, IAC Ouro Verde, IAC Catuaí SH3 e IAC Obatã 4739.
IAC 125 RN&ndash, a cultivar recebeu esse nome em homenagem aos 125 anos de pesquisas de café no Instituto Agronômico. As plantas apresentam porte baixo e compacto, com frutos grandes e vermelhos e de maturação precoce, sendo indicada para plantios adensados e mais apropriada para cultivos irrigados.
Na cafeicultura, a eficiência de defensivos químicos é satisfatória no controle da ferrugem, mas limitada no manejo de fitonematoides do cafeeiro, seu uso tem reflexos diretos no aumento do custo de produção da cultura. Cultivares resistentes a ambos os agentes bióticos têm papel relevante na redução de custos e no consequente aumento da competitividade.
A cultivar IAC 125 RN, desenvolvida pelo Instituto Agronômico, apresenta resistência a todas as raças da ferrugem-do-cafeeiro, atualmente presentes no Brasil, assim como, às raças 1 e 2 do nematoideM. exiguae à raça 1 deM. incognita. Estas características têm impacto direto na redução dos custos de produção e na proteção do homem e do meio ambiente.
IAC Ouro Verde&ndash, cultivar registrada em dezembro de 2012, seu nome faz alusão à representatividade do café no agronegócio brasileiro. As plantas têm porte baixo, frutos vermelhos com maturação média a tardia. IAC Ouro Verde tem melhor vigor que a cultivar Catuaí Vermelho, uma das mais plantadas no Brasil. Apesar de ser suscetível à ferrugem, apresenta excelente qualidade da bebida.
Referida cultivar possui porte baixo e arquitetura compacta de copa, o que permite o cultivo em sistema adensado, com impacto direto na produtividade e na redução do custo de produção da cultura, especialmente em função da melhor eficácia na colheita. A excelente qualidade sensorial do café produzido pela cultivar IAC Ouro Verde também permite um maior valor agregado ao produto final.
IAC Catuaí SH3&ndash, além de boa produtividade, resistência à ferrugem-da-folha e tolerância à cercosporiose e à mancha-aureolada, causada pela bactériaPseudomonas syringae pv. Garcaeessa cultivar possui menos exigência hídrica, o que permite que ela seja cultivada em regiões mais quentes ou onde a presença de veranicos é mais frequente.Por ser resistente a todas as raças de ferrugem detectadas no Brasil, dispensa o uso de fungicidas, o que propicia redução dos custos de produção da cultura, bem como de impactos ambientais.
IAC Obatã 4739&ndash, cultivar com potencial para redução de custos da produção, pois, além de ser resistente à diversas raças da ferrugem, possui porte baixo, sendo especialmente indicada para plantios adensados ou em renque (2,00 – 2,80 m x 0,50 &ndash, 0,70 m), atendendo, assim, às tendências mais modernas da cafeicultura brasileira. As sementes dessa cultivar são maiores do que as das cultivaresde Catuaí VermelhoeCatuaí Amarelo, e vêm apresentando excelentes produções, desde que seguidas as recomendações técnicas de cultivo. Trata-se de cultivar altamente responsiva à irrigação.
Para informações mais detalhadas sobre as cultivares citadas, acesse os links descritos abaixo:
Portfólio de tecnologias do Instituto Agronômico (IAC):
http://www.iac.sp.gov.br/areadoinstituto/nit/portifolio.php
IAC 125 RN:
http://www.sapc.embrapa.br/arquivos/consorcio/spcb_anais/simposio8/214.pdf
IAC Ouro Verde:
http://www.sapc.embrapa.br/arquivos/consorcio/spcb_anais/simposio2/genet01.pdf
IAC Catuaí SH3:
http://www.sbicafe.ufv.br/bitstream/handle/123456789/3652/6_IX-SPCB-2015.pdf?sequence=1&isAllowed=y
IAC Obatã 4739:
Para conhecer mais sobre cultivares de café desenvolvidas pelas demais instituições participantes do Consórcio Pesquisa Café, acesse:
http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/2016-05-27-17-05-35
Confira todas as análises e notícias divulgadas pelo Observatório do Café no link abaixo:
http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/imprensa/noticias
Acesse Publicações sobre café e portfólio de tecnologias do Consórcio Pesquisa Café:
http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/publicacoes/637
Leia também o texto sobre a Evolução da cafeicultura brasileira nas últimas duas décadas pelo link:
Chefia Adjunta de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café




