Novo livro da coleção Transição Agroecológica trata da agrobiodiversidade nos biomas brasileiros

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foto: Beltrão

Com o objetivo de valorizar trabalhos que consolidam a base científica da agroecologia e contribuem para tornar os sistemas de produção mais sustentáveis nos diferentes biomas brasileiros, a partir das realidades territoriais, a Embrapa publicou o livro
Conservação e uso da agrobiodiversidade &ndash, relatos de experiências locais, que compõe o volume 3 da coleção Transição Agroecológica.

A obra apresenta estudos realizados pela Embrapa, por universidades e representações da sociedade com indígenas, quilombolas, ribeirinhos, agricultores assentados e familiares nos biomas Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa, e faz um contraponto com algumas experiências relativas aos sistemas de base biológica, quanto à conservação da agrobiodiversidade e ao compartilhamento de soluções localmente adaptadas, que estão em curso no Peru e no Chile.

Conservação e uso da agrobiodiversidade &ndash, relatos de experiências locais
foi lançado na Universidade de Brasília (UnB), no dia 21 de novembro, durante a entrega do Prêmio Juliana Santilli, que homenageia a advogada e doutora em Direito Socioambiental, falecida em 2015, e que é uma das editoras da obra. “Iniciamos a organização do livro em 2013, mas, no meio do caminho, fomos surpreendidos com a notícia de que a Juliana Santilli não estaria mais entre nós para finalizá-lo. Então, nada mais justo que dar continuidade ao trabalho dela e lançar a obra na entrega do prêmio que leva seu nome. Afinal, o livro é dedicado à memória da Juliana ”, ressalta a pesquisadora do Departamento de Transferência de Tecnologia (DTT) Patrícia Bustamante que, junto com a pesquisadora Rosa Lía Barbieri, da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS), compõe a editoria técnica da publicação.

Coleção Transição Agroecológica

Editada pela Embrapa em parceria com a Associação Brasileira de Agroecologia (ABA) desde 2013, a coleção Transição Agroecológica já lançou dois outros volumes, em formato impresso e em e-Pub. O primeiro aborda princípios e reflexões conceituais da agroecologia, e o volume 2 trata dos aspectos gerais sobre agrobiodiversidade. O objetivo da coleção é oferecer informações científicas para sistemas de produção de base ecológica, que articulam o conhecimento científico com os saberes dos agricultores e das comunidades tradicionais.

Prêmio Juliana Santilli

Criado em 2017 pelo Instituto Socioambiental, a Associação Bem-Te-Vi Diversidade e a Editora Mil Folhas do IEB, o prêmio tem como objetivo reconhecer iniciativas, individuais ou coletivas, em áreas que tiveram forte atuação profissional da Juliana Santilli, como os direitos coletivos e biodiversidade, agrobiodiversidade, sistemas agrícolas e direito à alimentação.

Foram 55 trabalhos inscritos em três categorias, sendo as duas primeiras ligadas à produção e ao uso da agrobiodiversidade e a terceira para a publicação de trabalhos sobre socioagrobiodiversidade e suas interfaces. O premiado na categoria 1 foi o Projeto de Assentamento Agroflorestal José Lutzenberger, do MST, em Antonina (PR), na Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaraqueçaba. Na categoria 2, que contempla iniciativas que promovem e estimulam a agrobiodiversidade em experiências de economia solidária e associativa, os premiados foram as lideranças do Território Tenonde Porã, pelo trabalho na aldeia indígena Guarani Mbya, na Zona Sul de São Paulo. E a publicação premiada na categoria 3 foi o texto “”Práticas e saberes sobre agrobiodiversidade &ndash, a contribuição dos povos tradicionais””, coletânea que reúne seis autores: Ana Gabriela Morim de Lima, Igor Scaramuzzi, Joana Cabral de Oliveira, Laura Santonieri, Marilena Arruda Campos e Thiago Cardoso.

fonte: Embrapa

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